quarta-feira, 10 de agosto de 2022

'Ginecologista' suspeito de violação sexual contra mais de 14 mulheres em Pernambuco e São Paulo é preso

Um médico ginecologista de 42 anos foi preso pela Polícia Civil de Pernambuco, suspeito de cometer o crime de violação sexual mediante fraude contra pelo menos 14 mulheres. A polícia não divulgou o nome do suspeito.

Contra o homem foram cumpridos dois mandados de prisão expedidos pelo Tribunal de Justiça de São Paulo – Criminal de Suzano e pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco – 12ª Vara Criminal da Capital, executado pelo Grupo de Operações Especiais (GOE)/DRACCO. O homem foi detido no município de Arcoverde, Sertão de Pernambuco.

Segundo os agentes, o homem atuava como médico nos estados de Pernambuco e São Paulo, onde cometia os crimes. Em Pernambuco, ele chegou a atuar no Recife e em Igarassu, no Grande Recife, e em Arcoverde, no Sertão. O suspeito já tinha passagem pela polícia.

A delegada Ana Luiza, responsável pelo caso, disse que o homem abusava das mulheres durante as consultas ginecológicas. Segundo ela, o profissional não usava luvas durante as consultas e tentava estimular as pacientes sexualmente.

"Ele dizia que isso (os toques) seria essencial para a saúde sexual ou física delas", relatou a delegada. Segundo a delegada, as vítimas relataram que o médico pedia para que elas se despissem completamente durante as consultas.

"Ele não usava bata e não tinha assistentes, além de pedir para que as pacientes ficassem em posições distintas da posição normal ginecológica de exames".

O médico atuava em clínicas privadas.

VIOLAÇÃO SEXUAL MEDIANTE FRAUDE

No Código Penal Brasileiro, o crime de violação sexual mediante fraude prevê pena de dois a seis anos de reclusão.

"Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos"

Segundo a delegada Ana Luisa, é importante que as vítimas denunciem as condutas criminosas. "Pode ser em qualquer delegacia mais próxima a sua casa, não precisa ser necessariamente em uma especializada da mulher."

Fonte: Jornal do Commercio