Eles foram arrastados por correntes marítimas e
desaparecerem no mar |
Um turista morreu afogado e o outro foi resgatado com vida, nesta sexta (22), na praia de Cupe, perto de Porto de Galinhas, em Ipojuca, no Grande Recife. Eles foram arrastados por correntes marítimas e desaparecerem no mar, nas proximidades do Enotel, resort cinco estrelas onde se hospedaram.
O Corpo de Bombeiros foi acionado às 18h10, quando foi
encontrado o corpo do primeiro homem. Segundo a prefeitura de Ipojuca, o
segundo turista foi achado com vida às 19h53.
O turista resgatado com vida foi levado pelos bombeiros para
a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Porto de Galinhas. O estado de saúde
não foi divulgado.
Os homens entraram no mar após 17h45, momento em que não
havia guarda-vidas na praia. Segundo o Executivo municipal, os turistas
"não respeitaram a bandeira vermelha", que alerta para o perigo de
entrar no local onde eles foram levados pela correnteza.
Integrantes da mesma família, os turistas seriam de São Paulo e de Minas Gerais.
Pessoas que estavam no local onde ocorreu o afogamento
informaram que os homens estavam no mar com dois adolescentes de 12 e de 13
anos. Também parentes, os jovens conseguiram sair.
As esposas dos dois estariam no resort com outras pessoas da
família. O grupo teria chegado ao hotel em Cupe, no domingo (17).
Ainda segundo informações, o menino de 12 anos, que estava
no local do resgate, chegou a afirmar que sentiu que o mar estava puxando muito.
Também teria afirmado que não conseguia colocar o pé no chão e avisou todo mundo. Nessa hora, todos começaram a nadar, mas apenas os dois mais novos conseguiram sair do mar.
Área de risco
O salvamar Marcos André Fernandes da Costa, que há 22 anos
que trabalha como instrutor de primeiros socorros, explicou que, quando o
turista está próximo a uma vala que fica no banco de areia, os salvadores
identificam e fazem a prevenção.
"É feita a prevenção diária em vários grupos e várias
vezes. Eles não conseguem compreender que, mesmo a água estando abaixo do
joelho, estão perto de uma vala. E quando cai na vala a profundidade passa da
altura do corpo. Assim, eles são deslocados para o alto mar, no sentido da
corrente de retorno", explicou.
Segundo Marcos André, as vítimas normalmente tentam voltar
para a areia por onde entraram no mar, mas não conseguem, porque a corrente é
muito forte.
"A maioria dos turistas não consegue entender. Só quando caem mesmo na vala e a gente tem que fazer o resgate, eles entendem o perigo da área. Por isso, que é sinalizada com bandeiras. Os guarda-vidas fazem prevenções e passam quadríciclos e motos aquáticas," disse.
Fonte: g1