terça-feira, 12 de abril de 2022

Páscoa aquece vendas do varejo pernambucano

Com a proximidade da Páscoa, o comércio brasileiro vive a expectativa pelo aumento no volume de vendas do varejo. O período, marcado pelas tradicionais reuniões familiares e troca de chocolates, deverá movimentar cerca de R$ 2,16 bilhões no país neste ano, de acordo com a projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Na capital pernambucana, a expectativa da Câmara de Dirigentes Lojistas do Recife (CDL Recife) é que as vendas registrem um crescimento de até 10% em comparação com o ano passado.

Para o presidente da CDL Recife, Fred Leal, o fluxo de clientes em busca de itens de páscoa deverá aumentar nos próximos dias. “Tradicionalmente, o consumidor está pesquisando e já começando a comprar antecipadamente os itens para consumo próprio ou para presente. Mas esperamos também as compras de última hora, principalmente com itens perecíveis”, adiantou o presidente da CDL Recife, Fred Leal.

Na avaliação da Fecomércio-PE, a diminuição dos casos da Covid-19 deverá impulsionar as vendas do setor neste ano. “As famílias brasileiras estão ansiosas para celebrar a data e o que ela representa, em meio ao clima de retomada das atividades econômicas e sociais. A predisposição só encontra barreiras nas atuais condições de consumo observadas pelos consumidores”, afirmou Bernardo Peixoto, presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-PE.

Com o aumento da demanda global e o câmbio, a expectativa é de que os produtos típicos cheguem mais caros para o consumidor. No caso do chocolate, o volume de importação avançou 8% (1,43 mil toneladas) em relação ao ano passado, de acordo com a CNC. Apesar do número seguir abaixo das 1,87 mil toneladas de chocolates importadas no período pré-pandemia, o presidente da Confederação, José Roberto Tadros, avalia o resultado como positivo. "O volume de importação de produtos típicos costuma ser um importante indicativo da expectativa do varejo para a data. Ainda não alcançamos a recuperação plena, mas o crescimento mostra que seguimos no processo de retomada", afirmou. 

Já o bacalhau, por outro lado, teve retração de 17% no volume de importações. Para o economista da CNC responsável pela pesquisa, Fabio Bentes, o recuo é uma estratégia do varejo. "É um indício de que o setor está apostando na melhor saída de produtos mais baratos a partir da aceleração dos índices gerais de preços", avaliou.