Com uma sequência de seis altas consecutivas, o brasileiro já precisa gastar 22% do salário mínimo para conseguir encher um tanque de 35 litros de gasolina. O Correio comparou o comprometimento médio do bolso do brasileiro com combustível com alguns outros países, incluindo vizinhos da América do Sul, e a comparação mostra que somos quem mais gasta com o item.
Para a comparação, foram levados em conta outros sete
países: Estados Unidos, Reino Unido, Argentina, Bolívia, Colômbia, Chile e
Equador. Em todos eles, o máximo que o cidadão do país gasta com gasolina é
11,5% do salário mínimo (Argentina e Chile), praticamente metade do que o
brasileiro arca. Nos Estados Unidos, por exemplo, o gasto só chega a
2,9%.
Para fim dessa comparação, todos os valores foram
convertidos para o real na cotação atual de R$ 5,53. Os valores dos salários
mínimos foram obtidos a partir do site Country Economy e o preço da gasolina do
Global Petrol Prices.
Escalada de preços
Em 2021, a Petrobras fez 15 mudanças no preço da gasolina
nas refinarias, somente quatro foram reduções. A alta acumulada é de 74% para o
derivado de petróleo.
E o Distrito Federal está com a segunda gasolina mais cara
do país. O preço médio chegou a R$ 7,214 o litro na semana passada, segundo a
Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O único
lugar mais caro no Brasil é no Rio de Janeiro.
Do Estação Notícias / Folha