Com a chegada da Semana Santa, um alimento costuma ocupar
ainda mais espaço na mesa das famílias: o peixe. Da Sexta-Feira da Paixão ao
Domingo de Páscoa, o consumo do item aumenta e ele se torna praticamente
presença obrigatória nos pratos principais das casas e restaurantes.
Gerente-geral da Agência Pernambucana de Vigilância
Sanitária (Apevisa), Josemaryson Bezerra destaca os cuidados necessários na
hora de escolher o pescado. "É preciso alguns critérios que nós chamamos
organolépticos, que são os aspectos que os peixes têm, os mais importantes. Por
exemplo, as escamas têm que ser muito bem aderidas à pele do peixe, os olhos
têm que ser brilhantes e um outro aspecto importantíssimo é o cheiro. Então, os
requisitos são esses simples e, principalmente, a conservação do peixe, que
deve estar a uma temperatura de geladeira de aproximadamente 0 a 4 graus",
explicou.
O engenheiro de Pesca e professor do Departamento de Pesca
e Aquicultura da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) Vanildo Souza
de Oliveira reforça que as atenções às características físicas do pescado são
essenciais especialmente quando se trata de peixes comprados frescos. “O peixe
fresco, quando você compra ou vai numa banca, não está congelado. Então, você
vai ver as brânquias, ou guelras, que têm que estar vermelhas, brilhantes, com
cheiro de mar, de algas. A pele, a textura, tem que estar rígida, tem que estar
com aquela consistência muscular e o globo ocular bem visível”, elencou.
Já com relação aos peixes comprados congelados, o professor
ressalta a importância de verificar validade e condições de embalagem.
“Geralmente, nós importamos cerca de 90% do pescado que consumimos, então a
maioria do peixe que nós compramos vem de outros estados, vem de fora. Vem
sempre no processo de congelamento. Você tem que olhar validade, se a embalagem
está rompida, se está bem congelado, qual a temperatura”.
Segundo Oliveira, uma dica para os consumidores ao irem ao
supermercado é deixar para inserir o peixe no carrinho de compras já próximo de
efetuar o pagamento. “Porque senão você vai colocar o peixe, vai andar durante
todo o período que vai fazer compra e, quando chegar no caixa, já passou um
tempo e o peixe já está em processo de descongelamento”, disse.
Do Estação Notícias / Folha de Pernambuco