Nesta terça-feira (26) a Polícia Militar prendeu Geilson
Ferreira Lima, suspeito de assassinar, a tiros, Bartolomeu Wagner Herculino. O
fotógrafo foi encontrado morto, em 11 de abril de 2019, em uma estrada de
barro, no bairro José Barbosa Maciel, mais conhecido como Viana & Moura da
Br, em Belo Jardim, no Agreste.
De acordo com informações sobre a investigação obtidas pelo
BJ1, além de residirem no mesmo bairro, o autor do crime possuía certo grau de
conhecimento e amizade com a vítima. Inclusive, já teriam trabalhado no mesmo
estabelecimento comercial.
MOTIVAÇÃO
A motivação apresentada pelo autor teria sido uma dívida
decorrente de um aparelho celular vendido pela vítima, que não teria sido pago
e ela teria o ameaçado de morte, bem como aos seus familiares. Por medo ou
vingança, Geilson teria cometido o crime após alguns desentendimentos entre
ambos. O crime é considerado como execução decorrente de um acerto de contas.
De acordo com o delegado à frente das investigações, João
Carlos, o suspeito confessou o crime em depoimento há dois anos com detalhes de
como teria planejado executar a vítima. “Ele confessou à época em que foi
interrogado, mas antes disso, já tínhamos descoberto o plano e como foi posto
em prática. Na confissão, Geilson deu detalhes de como atraiu Bartolomeu para o
local do crime, com a justificativa de pagar a dívida. Após a vítima agredi-lo,
uma possível luta corporal entre eles aconteceu, quando o suspeito alegou ter
efetuado os disparos de arma de fogo”, informou o delegado.
João Carlos falou ainda sobre a repercussão do caso em Belo
Jardim. “Muito se falou à época. Tentavam dar conotação política ao fato. A
investigação que muitos diziam que não chegaria a ninguém, chegou e o
procedimento foi feito conforme determina e autoria a lei, prezando sempre
pelos envolvidos e acima de tudo com o sigilo que o caso demandava”, declarou.
Um dos questionamentos da população é sobre a prisão ter
ocorrido tardiamente, já que o suspeito havia confessado o crime há dois anos.
Sobre isso, o delegado informou ao BJ1 que quando a autoria foi descoberta, e
Geilson confessou o crime, não havia mandado de prisão expedido. Desse modo, o
suspeito não poderia ser preso, já que não se encontrava mais em estado
flagrancial.
Geilson era considerado foragido desde o fim das
investigações, com mandado de prisão em aberto. O núcleo de inteligência
NIAZM-3 do 15⁰ Batalhão de Polícia Militar (BPM), recebeu informações de que o
mesmo teria mudado de residência, mas que poderia ter retornado para Belo
Jardim, o que se confirmou com a sua prisão na data de hoje. O suspeito foi
apresentado na Delegacia de Polícia Civil de Belo Jardim e será encaminhado ainda
hoje ao Presídio Desembargador Augusto Duque, em Pesqueira, também no Agreste,
onde ficará à disposição da justiça.
Do Estação Notícias / BJ1