Organização criminosa
atuava na agência de Santa Cruz do Capibaribe
A Polícia
Federal em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, deflagrou nesta quarta-feira
(15) a operação Escaparate, terceira fase da Operação Impunitas, que
tem o objetivo de combater crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, de lavagem
de dinheiro e organização criminosa. Um ex-gerente do Banco do
Nordeste de Santa Cruz do Capibaribe foi preso em Surubim, também no Agreste.
Foram
cumpridos um mandado de prisão preventiva e um mandado de busca e apreensão,
além do bloqueio de contas bancárias de 11 pessoas físicas e jurídicas,
sequestro de bens e afastamento de sigilo fiscal de nove pessoas físicas e
jurídicas. Houve ainda a intimação de oito pessoas, identificadas como supostos
"laranjas". As medidas cautelares foram expedidas pela 27ª Vara da
Justiça Federal de Pernambuco.
Residência
em que mandado foi cumprido. Divulgação/Polícia
Federal
De acordo com a Polícia Federal, as investigações começaram em março de 2019, com foco na atuação de uma organização criminosa na agência do Banco do Nordeste de Santa Cruz do Capibaribe. O grupo era especializado na prática de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, peculato, lavagem de dinheiro e constituição e participação em organização criminosa.
As duas primeiras fases da Operação Impunitas foram deflagradas nos dias 11 de junho de 2019 e 24 de setembro de 2019. Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva, além do bloqueio de valores e sequestro de bens dos investigados.
Ex-gerente
era líder do grupo
Segundo
a PF, o líder do grupo é o ex-gerente da agência do Banco do Nordeste de Santa
Cruz. Trinta pessoas foram indiciadas por envolvimento nas práticas
investigadas. As fraudes resultaram em prejuízos aos cofres públicos superiores
a R$ 10 milhões.
Como
gerente da agência do banco, o suspeito teria sido responsável pela prática de
atos de gestão fraudulenta na instituição financeira, que facilitaram o acesso
aos demais integrantes do grupo às altas somas de valores em espécie. O
dinheiro seria de operações de crédito enganosas, subsidiadas por documentos
produzidos com esta finalidade.
Ainda
de acordo com as investigações, a maior parte dos valores disponibilizados pelo
banco eram destinados ao líder do grupo e as pessoas próximas dele, também
parte do esquema. As análises das quebras dos sigilos bancários apontaram que
entre 2016 e 2020, eles movimentaram mais de R$ 379 milhões.
Do
Estação Notícias / NE10