Boy, Rubinho, e Allan são nomes fortes que podem fazer a diferença em Jataúba, Brejo e Santa Cruz
Chegamos à reta final de 2019, daqui a pouco chega 2020 e é
ano de eleições municipais. É momento de manter ou renovar os bons e ruins
gestores e legisladores em suas funções.
As eleições de 2020 será ainda mais diferenciada se
comparada a de 2016, pois movimentos de 3ª via cresceram muito, e por isso vem
causando um empoderamento político sem dimensões.
Este empoderamento, por sua vez pode ser que dure apenas
até a eleição, porém vivenciamos um momento diferenciado politicamente falando,
momento este, de descredito político, a desvalorização de políticos de mandatos
ou políticos que já estiveram no poder.
Um dos maiores exemplo de 3ª via no agreste
Pernambucano é o do empresário Edílson Tavares (atual prefeito de Toritama).
Edílson foi para disputa contra Odon Ferreira (candidato a reeleição) e Lucinha
Pereira (vice de mandato) e venceu as eleições.
Após o termino das últimas eleições municipais, os nomes
dos empresários Boy em Jataúba, Rubinho Nunes em Brejo da Madre de Deus e Allan
Carneiro de Santa Cruz do Capibaribe surgem como opção para 2020, além dos
medalhões de cada cidade acima citada.
Jataúba
Os Jataubenses terão novas opções após anos de disputas
entre Antônio de Roque (atual prefeito) e Fábio Mamão, na última eleição quem
ensaiou uma 3ª via foi Chico de Irineu, mas não conseguiu obter êxito,
atualmente o ex-vereador é ligado politicamente ao empresário Boy, em conversas
de bastidores Chico será candidato a vereador.
Fábio Mamão não terá muito o que fazer, perdeu muitas
lideranças e seu caminho mais cedo ou mais tarde será uma união com o
empresário Boy até por uma questão de "sobrevivência política" a anos
Mamão tentar vencer as eleições e não consegue. Por uma questão estratégica o
melhor caminho será a união avaliamos nos bastidores.
O prefeito Antônio de Roque não poderá ser candidato, mas,
deve ser respeitado por toda sua história política, afinal de contas são
poucos que conhecem tão bem o caminho da prefeitura como o atual
prefeito.
Brejo da Madre de Deus
Os Brejenses por sua vez já tiveram de tudo, troca de
prefeitos em um curto espaço de tempo, tira prefeito, coloca prefeito, faz
eleição, cancela eleição, enfim, coisas que só acontecem em Brejo.
Roberto Asfora e Dr. Edson disputam desde 2004 a
prefeitura, na última eleição Hilário Paulo (indicado por Edson) e Mônica
Asfora (indicada por Asfora) além de outros candidatos, desfecho, Hilário Paulo
saiu vencedor.
Após o fim da eleição, a liderança de Rubinho Nunes cresceu
bastante com adesões de várias lideranças ligadas a Roberto e a Edson, em 2018
aproximou ainda mais suas alianças com o Governo do Estado e deve ser o
candidato a prefeito do governador, ações como a adutora de Mandaçaia e a
futura reconstrução da PE-145 são sinais da aliança do grupo de Rubinho com o
Estado.
Ainda sobre as adesões políticas, elas não pararam de forma
alguma. Por exemplo o vereador professor Marconi, em 2016 estava com Asfora, em
2017 com Rubinho Nunes e em 2019 com Dr. Edson.
Além do vereador Marconi, nomes como Jobson Barros, Avecino
Lima, Junior de Miguelão, Val Lima (depois voltou), Damião Aguiar, Flavio Diniz entre muitos
outros trocaram de grupo. Vale ressaltar ainda o princípio de articulação
política da oposição para se unir e conseguir a presidência da Casa José
Cupertino de Souza, e conseguiram.
O posicionamento do vice-prefeito de Brejo também é algo a
ser analisado, Josevaldo Lopes rompeu com o prefeito Hilário e o grupo boca
preta ficou dividido, o Cawboy teve bons resultados na eleição de 2018 e deseja
disputar a prefeitura.
Próxima segunda-feira (02) serão julgadas as contas de
Dr.Edson e Roberto Asfora do exercício financeiro de 2014 pela Câmara de
vereadores, tive a oportunidade de conversar com alguns vereadores, e a
expectativa é que a maioria siga o parecer do Tribunal de Contas do Estado, ou
seja, pela aprovação das contas dos nomes acima mencionado
Um dos vereadores disse desconhecer algum vereador com
conhecimento jurídico no estado para ir contra o TCE-PE, em conversa com outro
parlamentar, ele falou que não tem "cara para votar favorável a Edson e
Asfora", por isso está estudando como fundamentar bem seu voto ou talvez
ser abster na votação.
Santa Cruz do Capibaribe
Não muito diferente das outras cidades, a capital da moda
também vive a onda da 3ª via. Ainda em 2012, Cleiton Barboza surgiu como uma
alternativa naquela oportunidade, em 2016 Rodolfo Aragão não conseguiu os
mesmos resultados que Cleiton, que ainda não foi o suficiente para vencer Edson
Vieira em 12 e 16.
Edson Vieira não poderá ser candidato por estar em seu
segundo mandato, a tendência a indicar um sucessor que não tenham a imagem
desgastada é natural, com mandato e experiência política vejo apenas Dida de
Nan vice-prefeito como melhor opção, Dida soube criticar quanto foi preciso e
não negativou sua imagem com os escândalos envolvendo o governo de Edson.
Allan Carneiro, como sindico do Moda Center teve seu
trabalho reconhecido, fez ações que o projetaram para hoje ele ser candidato a
prefeito, como por exemplo a audiência pública sobre a questão da crise hídrica
na cidade, as ações do duplica já que pediam a duplicação da BR-104 como também
a ampliação do EMP, entre outras.
Muito acreditam que caso Allan venha a ser de fato
candidato será a 3ª via mais bem votada da história de Santa Cruz.
Por outro lado, caminha o grupo Taboquinha, com Fernando
Aragão, Diogo Moraes e José Augusto Maia, medalhões da política santa-cruzense
tentam de alguma forma unir em torno de um único nome. Fernando e Diogo vivem
uma disputa pessoal para ver quem deve ser o candidato do grupo.
Estas movimentações de desprendimento político, eu acredito
que está totalmente atrelado ao empoderamento político e novas lideranças e
falta de posicionamento dos medalhões, mas não vejo como algo negativo, vivemos
em uma democracia, todos tem o direito de disputar uma eleição.
É altamente positivo o surgimento de nomes como Boy,
Rubinho, e Allan, pois celebram uma nova oportunidade para o eleitor escolher
entre as novas opções e os já conhecidos.
Sobre as adesões, como a classe política está
descredibilizada, as lideranças hoje não têm mais "rabo preso" e
pulam para o galho que desejam sem cerimônia alguma. A nomes que seria
inimaginável juntos, mas a política é a arte de soma e não dividir, e a população
precisa entender isso, não digo concordar, mas, entender e julgar o que está
por trás de certas ações.
Do Estação Notícias / Por: Allison Torres