quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Brejo da Madre de Deus está em situação de risco para surto de dengue, zika e chikungunya

É o que mostra o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo mosquito, o LIRAa. Condição se estende desde 2013

O número de casos notificados das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti aumentou em 2019. Até 14 de setembro, a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco registrou um crescimento de 160% nos casos notificados de dengue, 175,8% nos de zika e 134% nos de chikungunya, em comparação com o mesmo período do ano passado.

De acordo com o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo mosquito, o LIRAa, desde 2013, o município Brejo da Madre de Deus está em situação de risco para o surto de dengue, zika e chikungunya. Divulgado em abril deste ano, o índice do município foi de 8,50%. Pela classificação do Ministério da Saúde, a partir de 4% o município já está em situação de risco. Índices inferiores a 1% representam condições satisfatórias.

Para explicar os resultados, a gerente de Vigilância das Arboviroses da Secretaria Estadual de Saúde, Claudenice Pontes, aponta alguns dos fatores que contribuem para essa condição. 

“Pernambuco vem demonstrando uma situação endêmica. Constantemente, registramos ocorrências de casos, pelos fatores climáticos que favorecem a proliferação do mosquito e por problemas de intermitência de água e, em alguns casos, até escassez. Então, a necessidade da população de armazenar água, muitas vezes em recipientes improvisados, tem aumentado muito.”

O agente de combate a endemias de Brejo da Madre de Deus, Ivanilson de Souza Silva, de 35 anos, foi acometido pela chikungunya. Para diagnóstico e tratamento adequados, ele procurou a unidade de pronto atendimento Mestre Camarão. O morador do bairro Trevo, relata o que sentiu.
“Muita dor nas articulações, dificuldades de andar. Muita dificuldade de levantar da cama. Realmente, travava os nervos.”
Para evitar novos casos das doenças transmitidas pelo mosquito, a gerente de vigilância das arboviroses, Claudenice Pontes afirma que eliminar possíveis focos é uma das principais ações de controle do vetor.

“Peço à população para ver quintais, o acúmulo de água – seja da chuva ou em caixa d’água ou qualquer reservatório que não esteja coberto. Que tenha esse cuidado e atenda orientações dos profissionais de saúde, para gente combater esses mosquitos que trazem tantas doenças. É um mosquito pequeno, mas que traz doenças grandes e que podem ser fatais.”

É fundamental ter cuidado com todos os locais que possam acumular água parada independente da época do ano, pois os ovos do mosquito são resistentes e podem sobreviver no meio ambiente por 450 dias, bastando pouca quantidade de água para que haja a eclosão das larvas. Proteja sua família. Lembre-se que o combate começa por você. Para mais informações, acesse:
saude.gov.br/combateaedes.

Do Estação Notícias / Agência do Rádio Mais