Numa
ação de solidariedade e apoio ao Movimento dos Sem Terra (MST), dirigentes e
lideranças da Contag, Fetape e dos Sindicatos de Trabalhadores Rurais
Agricultores e Agricultoras Familiares do Agreste de Pernambuco visitaram,
nesta quarta-feira (18), o Acampamento Permanente da Resistência em defesa do
Centro de Formação Paulo Freire e do assentamento Normandia, em Caruaru-PE.
Nesta quinta-feira (19), data de nascimento do educador Paulo Freire, também se
encerra o prazo dado pela Justiça para que os camponeses e camponesas desocupem
a área do Centro de Formação.
A comitiva foi recebida pelo dirigente nacional do MST, Jaime Amorim, que destacou a importância da construção de unidade dos movimentos do campo em Pernambuco. “Essa visita pra nós é muito importante. Ela tem um peso fatal contra nossos inimigos, que é a ideia que estamos todos juntos. Quando a gente ataca um, atacam todos os outros. Demonstra que construímos uma unidade muito forte no campo em Pernambuco. A vinda in loco de todos os sindicatos do agreste é a demonstração desse processo”, afirmou.
A comitiva foi recebida pelo dirigente nacional do MST, Jaime Amorim, que destacou a importância da construção de unidade dos movimentos do campo em Pernambuco. “Essa visita pra nós é muito importante. Ela tem um peso fatal contra nossos inimigos, que é a ideia que estamos todos juntos. Quando a gente ataca um, atacam todos os outros. Demonstra que construímos uma unidade muito forte no campo em Pernambuco. A vinda in loco de todos os sindicatos do agreste é a demonstração desse processo”, afirmou.
A presidenta da Fetape, Cícera Nunes, resgatou o hino da Fetape que fala da história pela terra e por justiça social. “Da resistência de um povo nasce uma esperança. E é com essa esperança que nós, que alimentamos esse país com alimentos de qualidade, não vamos deixar de estar num acampamento como esse. Os sindicatos da agricultura familiar de Pernambuco sabem o que é acampar, o que é lutar por cada um e cada uma de vocês que são milhares de trabalhadores e trabalhadoras da Agricultura Familiar em nosso estado”.
“Reforma Agrária já! Lula Livre! Viva Paulo Freire!”. Com esses gritos de luta e resistência, o vice-presidente da Fetape, Adelson Freitas, reafirmou o compromisso e solidariedade da Contag e da Fetape com o que está ocorrendo em Normandia. E destacou que o Brasil está em alerta junto com os camponeses e camponesas na trincheira. “Aqui a gente se sente em casa. A Fetape usa esse espaço para fazer formação política e cidadã. E para promover a afirmação da importância da educação do campo, da agroecologia e da agricultura familiar”, pontuou.
Em
ato simbólico, a bandeira da Fetape com assinatura dos 32 STRs do Agreste
Central e Setentrional foi entregue aos dirigentes do MST. O diretor de
Administração e Finanças da Fetape, Paulo Roberto, saudou o público fazendo uma
homenagem ao educador Paulo Freire e lembrou da importância da luta pela terra,
mas também pela formação popular. “Poucas vezes ouvimos falar que um órgão que
vai fazer reforma agrária está entrando com uma execução de desapropriação de
terra de trabalhadores. Isso é fruto e resultado do golpe. Mas se eles estão
pensando que vão nos derrotar por conta de uma ação estão muito enganados.
Mexeu com o MST está mexendo com a Fetape e os trabalhadores”, disse.
A secretária de Meio Ambiente da Contag, Rosemarí Malheiros, destacou a perseguição que os movimentos sociais e sindicais de todo o país vêm sofrendo e a importância da unidade diante das ameaças. “É uma tristeza ver um país como o nosso, com a diversidade que temos, com as nossas lutas, nas mãos de um irresponsável. É por isso que essa unidade dos movimentos precisa se fortalecer cada vez mais. MST estamos juntos, precisamos unir nossas bandeiras e fazer de todas elas uma luta única”, concluiu.
A secretária de Meio Ambiente da Contag, Rosemarí Malheiros, destacou a perseguição que os movimentos sociais e sindicais de todo o país vêm sofrendo e a importância da unidade diante das ameaças. “É uma tristeza ver um país como o nosso, com a diversidade que temos, com as nossas lutas, nas mãos de um irresponsável. É por isso que essa unidade dos movimentos precisa se fortalecer cada vez mais. MST estamos juntos, precisamos unir nossas bandeiras e fazer de todas elas uma luta única”, concluiu.
Normandia
- A ocupação de Normandia ocorreu em 1º de maio de 1993. A resistência já
passou por vários momentos de despejo, mas Normandia se transformou uma
referência em luta pela terra em Pernambuco e em nível nacional. A decisão
judicial que corre na 24ª Vara Federal de Caruaru refere-se a um processo que
estava arquivado há cerca de 10 anos. Apesar da ameaça de despejo, a vida segue
sua rotina no acampamento. Crianças e adolescentes jogam bola na quadra do
Centro de Formação, adultos montam barracas e diversas atividades culturais e
formativas estão sendo realizadas todos os dias.
Do Estação Notícias / Assessoria