Superlotação, falta de médicos, ausência de leitos de
retaguarda e débito milionário com o Samu. Esse foi o diagnóstico do Conselho
Regional de Medicina (Cremepe) sobre a gestão hospitalar do Estado na regional
de saúde de Caruaru, que abrange cerca de 30 cidades do Agreste e onde os
pacientes têm sofrido com a falta de infraestrutura da rede. A instituição
médica solicitou uma audiência com o Ministério Público (MPPE) na última semana
e, nesta terça-feira (12), o promotor Giovani Leite deve apresentar a ata para
ajustes dos problemas com a Secretaria Estadual de Saúde e outros agentes
envolvidos.
O presidente do Cremepe, André Dubeux, elencou quatro
pontos que considera mais graves na região. O primeiro é a falta de médicos em
vários municípios - principalmente nos finais de semana - o que tem levado
diversas vezes os profissionais do Samu a se tornarem a única referência em
saúde para os moradores. O segundo é que macas e ambulâncias têm ficado retidas
com frequência nos hospitais Mestre Vitalino (HMV) e Regional do Agreste (HRA),
em Caruaru, diante da falta de leitos próprios para atender os doentes na
emergência.
O presidente do conselho ainda complementou que, diante
do grande volume de pacientes nos dois hospitais, virou rotina segurar as
ambulâncias, prejudicando o fluxo de transferências. “Os veículos ficam parados
enquanto se avalia o paciente ou se há vaga para o doente que já foi
referendado pela central de leitos para aqueles hospitais. Com isso, como a
maioria das unidades hospitalares do interior só têm um médico, este
profissional que acompanha a transferência fica de quatro a seis horas fora da
cidade de origem, deixando a população desassistida”, contou.
Por último, a crítica mais forte do conselho diz respeito à inexistência de leitos hospitalares de retaguarda para o HMV e HRA, o que impacta diretamente na superlotação dessas unidades. “Os hospitais não têm para onde mandar os pacientes quando saem da urgência e não raro um leito da emergência fica de 10 a 15 dias ocupado pela mesma pessoa”, apontou Dubeux.
Por último, a crítica mais forte do conselho diz respeito à inexistência de leitos hospitalares de retaguarda para o HMV e HRA, o que impacta diretamente na superlotação dessas unidades. “Os hospitais não têm para onde mandar os pacientes quando saem da urgência e não raro um leito da emergência fica de 10 a 15 dias ocupado pela mesma pessoa”, apontou Dubeux.
Para diminuir a grande demanda sobre os hospitais
estaduais na região, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que está
trabalhando na qualificação dos hospitais regionais de Garanhuns (Dom Moura) e
de Arcoverde (Ruy de Barros Correia) para aumentar a resolutividade e
encaminhamento de pacientes a essas unidades, além de dialogar com os
municípios da região para otimizar a rede de atenção à saúde. Também informou
que há contratualização de 60 leitos de retaguarda para o Agreste, no Hospital
Jesus Pequenino, localizado em Bezerros. Existe a promessa de que até o final
deste ano haja o Hospital São Sebastião (HSS), em Caruaru, seja reaberto para o
reforço de leitos.
O HRA e o HMV negaram que segurem médicos de outras cidades para cuidar de pacientes transferidos. Sobre a escala de profissionais do HRA, a gestão afirma está se adequando. Este ano,18 concursados foram chamados para reforçar os plantões. Em 2016, a pasta conta que foram realizadas duas convocações de profissionais para a unidade, além de uma seleção pública simplificada para completar os plantões de especialidades.
O HRA e o HMV negaram que segurem médicos de outras cidades para cuidar de pacientes transferidos. Sobre a escala de profissionais do HRA, a gestão afirma está se adequando. Este ano,18 concursados foram chamados para reforçar os plantões. Em 2016, a pasta conta que foram realizadas duas convocações de profissionais para a unidade, além de uma seleção pública simplificada para completar os plantões de especialidades.
Samu
A falta de envio de verbas do Estado ao Samu Caruaru fez com que o serviço amargasse um prejuízo acumulado de R$ 4,2 milhões em quatro anos. Segundo a prefeitura, o repasse de verbas não acontece desde 2013. A SES disse estar se esforçado para regularizar os repasses o quanto antes. Esclareceu ainda que tem mantido o diálogo com a Prefeitura de Caruaru e o MPPE sobre o andamento dos processos.
A falta de envio de verbas do Estado ao Samu Caruaru fez com que o serviço amargasse um prejuízo acumulado de R$ 4,2 milhões em quatro anos. Segundo a prefeitura, o repasse de verbas não acontece desde 2013. A SES disse estar se esforçado para regularizar os repasses o quanto antes. Esclareceu ainda que tem mantido o diálogo com a Prefeitura de Caruaru e o MPPE sobre o andamento dos processos.
Do Estação Notícias / Informações Folha de PE