Uma operação conjunta entre a Companhia Pernambucana de Saneamento
(COMPESA), Ministério Público do Estado e Polícia Militar identificou a
ocorrência de ligações clandestinas ao longo da Adutora de Tabocas, que
transporta água do Sistema do Prata para abastecer o município de Santa Cruz do
Capibaribe, no Agreste do Estado.
A fiscalização foi executada pela equipe da COMPESA e policiais
militares, na quinta-feira (03), num trecho de 15 quilômetros da adutora, que
possui, ao todo, uma extensão de 60 quilômetros, entre a Barragem Tabocas e
Santa Cruz do Capibaribe.
A ação localizou, provavelmente, as duas maiores ligações
clandestinas que furtavam água da rede. Somadas, estavam sendo retirando uma
quantidade de água que corresponde a 10% da vazão total da adutora - que tem
capacidade de transportar 100 litros por segundo.
Nos últimos dias, a Companhia constatou uma queda de 30% da vazão
da água na chegada à Estação de Tratamento Poço Fundo, em Santa Cruz, período
no qual também recebeu diversas denúncias de ligações clandestinas na adutora.
“O furto de água é crime e prejudica seriamente o abastecimento
para a população. No mês de outubro, inclusive, tivemos áreas que não receberam
água em Santa Cruz, justamente porque caiu a vazão da adutora. Por isso, a
COMPESA precisou providenciar o abastecimento complementar para estes clientes,
com carro-pipa, e também cancelar algumas contas na cidade”, relata o gerente
de Unidade de Negócios da COMPESA, Mário Heitor Filho, informando que a
população do município atendida pela COMPESA, cerca de 80 mil pessoas, já
convive com um regime de abastecimento rigoroso.
De acordo com o gerente, uma das ligações clandestinas localizada
pela operação estava retirando água da adutora, por meio de duas tubulações,
para jogar num barreiro situado na Fazenda Garrote, no Sítio Espírito Santo, no
município de Brejo da Madre de Deus. A água estava sendo usada para irrigação e
criação de animais.
O outro barreiro foi identificado no Sítio Tabocas, também no
município de Brejo da Madre de Deus, a 50 metros da adutora. Lá, a operação
ainda encontrou carros-pipa saindo do local.
Os dois proprietários dos barreiros já foram identificados e irão
respondem criminalmente pelo furto. Além disso, segundo o gerente, serão
multados no valor equivalente ao consumo de 156 mil metros cúbicos de água,
cálculo referente a um ano de furto de 10 litros por segundo da adutora -
juntando as duas ligações clandestinas.
Do Estação Notícias Fonte: Agreste Notícia