Caminhões pipa foram impedidos de abastecerem.
Gerente da Compesa diz que pipas só voltarão a carregar água, após
o abastecimento ser normalizado na cidade.
A barragem de Santana II em Brejo da Madre de Deus foi
uma das poucas do Estado de Pernambuco que encheu após o recente período chuvoso.
O reservatório ficou apenas 20 centímetros de verter (sangrar). Mas supostos
problemas em uma bomba que auxilia no abastecimento e com a grande quantidade
de caminhões pipa “puxando água” todos os dias, faltou água nas torneiras e a
população brejense protestou na manhã desta sexta-feira (27).
No centro da cidade vários consumidores da Compesa
revoltados com o desabastecimento queimaram pneus, paus e pedaços de madeira em
frente à bengala de abastecimento dos caminhões pipa que fica na Rua Frei
Caneca em frente ao Clube Aquarius.
O protesto logo ganhou força com a chegada de vários moradores
dos bairros mais afetados e o clima esquentou de vez. Houve tumulto, a bengala
de abastecimento foi quebrada e jogada no fogo, nenhum caminhão pipa pode
abastecer. A população enfurecida cogitou a destruição do “relógio” que libera
o abastecimento dos caminhões (após o pipeiro digitar a senha), mas à presença
da Polícia Militar garantiu a ordem no local e os ânimos se acalmaram.
“Um pipeiro de Santa Cruz do Capibaribe quando viu a
situação, voltou com o caminhão vazio”, contou o morador.
O Gerente Regional da Compesa, Mário Heitor, veio
de Santa Cruz do Capibaribe para conversar com a população. Ao Blog Estação
Notícias ele explicou os motivos que levaram ao descontrole no abastecimento.
Mário Heitor concedendo entrevista ao Blog Estação Notícias.
“O problema é que a bomba que manda água da barragem para
a Estação de Tratamento (ETA) quebrou, com isso, a vasão ficou pouca e a água tratada
não está sendo suficiente”, disse.
Sobre a grande quantidade de carros pipa abastecendo na
cidade ter agravado o problema, o gerente garantiu que a partir daquele momento
eles ficariam impedidos de “puxarem água” até que o abastecimento volte ao
normal na cidade.
“Só existe um caminhão pipa de Santa Cruz do Capibaribe e
cinco do Brejo da Madre de Deus que estavam autorizados a abastecerem aqui na
bengala, mas garanto que esses caminhões pipa não pegarão água até que o
abastecimento seja normalizado, depois, nas localidades que não chegar água,
liberaremos os pipas e faremos o lata a lata”, prometeu o gerente.
Ainda de acordo com Mário Heitor, a previsão para que o
abastecimento volte ao normal é de aproximadamente 10 dias.
Veja mais fotos do protesto:
Do
Estação Notícias