Campos está de olho no apoio dos evangélicos para 2014
Em um
encontro de cerca de três horas no Windsor Barra, no Rio de Janeiro, no sábado,
Eduardo Campos, governador de Pernambuco, garantiu ao pastor Silas Malafaia o
que ainda não afirmou em público: “Minha candidatura é irreversível. Não volto
atrás.” A informação foi divulgada por Lauro Jardim, da revista Veja.
Depois do
giro pela nata do PIB brasileiro nos últimos meses, Eduardo Campos decidiu
abrir espaço na agenda para encontros com evangélicos. O pastor Silas Malafaia,
que apoiou José Serra em 2010, foi o primeiro a ser chamado para uma conversa.
Os quinze
minutos de fama do notório Marco Feliciano fazem o PSC discutir uma candidatura
à presidência da República no ano que vem. O problema é que o partido não
conseguirá unir os evangélicos em torno de um nome. Malafaia, R.R.Soares e
Valdemiro Santiago não apóiam a idéia. E a Universal de Edir Macedo marchará
com Dilma Rousseff.
Do Estação Notícias
Saiba
mais:
Em
encontro com o pastor Silas Malafaia no último sábado (5), o governador de
Pernambuco, Eduardo Campos, do PSB, revelou sua intenção em tornar-se candidato
a Presidente da República na próxima eleição e que não permitiria interferências
no seu partido, o PSB. Diante dessa possibilidade de candidatura, o líder
religioso respondeu ao parlamentar: “O PSDB ficou oito anos no poder, e o PT
12. Mas, independente se o partido fizer um bom governo ou não, é fundamental a
alternância no poder para o fortalecimento da democracia”.
A
conversa aconteceu em um hotel na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de
Janeiro. Na ocasião, o governador analisou vários pontos positivos e negativos
do atual cenário político no país. “Campos acha que a inflação seis vezes maior
do que o crescimento do PIB é uma bomba relógio ligada. Ressaltou que não quer
o caos no Brasil e que não trafega na torcida contra. Afirmou ainda que muitas
coisas boas estão sendo feitas, mas que é preciso mais. E revelou: Eu vou ser
candidato a presidente da República e ninguém vai dizer o que meu partido deve
ou não deve fazer, se deve ou não deve ter candidato”, comentou Malafaia sobre
o encontro em que também discutiu questões sobre democracia e liberdade de
imprensa.
Na eleição
presidencial de 2010, o pastor apoiou o tucano José Serra, mas ainda não
manifestou sua posição em relação ao próximo pleito eleitoral. Apesar de ter
elogiado o provável candidato após esse primeiro encontro, Malafaia não se
comprometeu em apoiar o socialista. “Ainda é cedo nesse processo”, justificou o
pastor, que se mostrou satisfeito com a posição de Eduardo Campos contra o
controle externo da mídia, cobrado pelo comando nacional do PT. “Ele disse que
regulação de conteúdo é muito perigosa. Deixei claro que nós, evangélicos,
estamos muito preocupados de cercearem nossa pregação e que defendo a liberdade
de imprensa até para falarem mal de mim”.
A seca no
Nordeste também foi tema da conversa entre o pastor e o governador, mas não
chegaram a falar sobre temas polêmicos como casamento gay e aborto. Entretanto,
aproveitaram para conversar sobre a pressão para a saída de Marco Feliciano da
Comissão de Direitos Humanos e Minorias. “O que eu tenho dito e repeti para o
governador é que o PT radicaliza de tal forma que acaba levando os evangélicos
a ficarem contra ele. Com José Genoino e João Paulo Cunha, deputados condenados
no processo do mensalão na Comissão de Constituição e Justiça, que moral tem o
PT para falar de Feliciano na Comissão de Direitos Humanos?”, questionou
Malafaia.
O líder
religioso, que é presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, afirmou
que Campos foi sincero em relação a esse assunto e que afirmou não concordar
com as ideias de Feliciano, mas reconheceu que o parlamentar foi eleito “pelo
povo e pelo colegiado”. Por fim, o pastor ponderou: “Ele é um cara preparado e
não se apresenta como o salvador da nação, mas acredita que pode fazer mais do
que está sendo feito”.
Fonte: Verdade Gospel