Mais de 100 das 184 prefeituras de Pernambuco devem paralisar suas
atividades nesta segunda-feira (12). A paralisação acontecerá como uma
tentativa de chamar a atenção da presidente Dilma Roussef para a atual situação
financeira enfrentada pelos municípios. Os governantes criticam a redução do
Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
A queda do FPM está relacionada a
redução do IPI, feita pela presidente, no qual, grande parte do orçamento era
repassado para diversas cidades do Estado. Além disso, as prefeituras estão
enfrentando o problema da seca que, este ano, é considerada uma das piores dos
últimos 50 anos.
A greve ocorrerá ao longo desta
semana - mais curta pelo feriado do dia 15 -, entretanto manterá os serviços
essenciais, como o atendimento à saúde e a coleta de lixo. Além da compensação
financeira pelas perdas do FPM e ainda do Fundo de Participação dos Estados
(FPE), as prefeituras têm também como reivindicação a instalação de um comitê
de crise, no semiárido, para acelerar às ações de enfrentamento da seca.
O movimento dá suporte à bandeira
levantada pelo governador Eduardo Campos (PSB) em prol de um novo pacto
federativo, e engrossa o movimento nacional que levará prefeitos de todo o País
à Brasília, nesta segunda-feira (12), diante do prejuízo com a queda de
arrecadação. Também reivindica a aprovação, pela presidente, do projeto que
redistribui os royalties da exploração do petróleo, aprovado pela Câmara dos
Deputados.
Do FolhaPE