Pernambuco
possui 11 municípios que elegeram candidatos enquadrados pela Lei da Ficha
Limpa e que concorreram ao cargo subjudice, ou seja, com a legalidade da candidatura
pendente, podendo não assumir seus respectivos cargos.
De acordo
com o TSE, as cidades onde os eleitos se encontram em situação de candidatura
deferida com recurso ou indeferida com recurso, poderão ainda vivenciar outra
eleição ou ter o segundo colocado nomeado para assumir a Prefeitura.
No
município de Amaraji (Zona da Mata Sul,a 98 km do Recife), o prefeito
reeleito Jânio Gouveia, do PSDB, é um dos que correm o risco de não assumir por
ter contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Jânio responde a
dois processos referentes às prestações de contas da Câmara de Amaraji nos anos
de 2005 e 2009.
O atual
prefeito também reeleito de Angelim (Agreste Meridional, distante 225 km do
Recife), Marco Antônio Leal Calado (PSD), teve as prestações de contas da
Prefeitura rejeitadas pelo TCE-PE e ainda poderá ter o mandato impugnado pela
Justiça Eleitoral.
Já em
Belo Jardim, no Agreste Central, o eleito foi João Mendonça Jatobá, do PSD.
Primo do deputado federal Mendonça Filho, João Mendonça teve quatro prestações
de contas rejeitadas entre os anos de 2007 e 2009, apresentando recurso para
todas.
Outro
reeleito listado pelo TCU como ficha suja é José Edson de Souza do PTB.
Conhecido como doutor Edson, o prefeito de Brejo da Madre de Deus, (Agreste
Central, distante 204 km do Recife), está na mira do Tribunal de Contas desde
2005.
Em
Capoeiras (Agreste Meridional, 237 km do Recife), a enfermeira Neide (PSB) se
elegeu prefeita, mas já teve sua candidatura indeferida pelo TRE com base na
Lei da Ficha Limpa. Ela teve contas rejeitadas quando era ordenadora de
despesas do Fundo Municipal de Saúde Capoeiras (exercício 2004) e aguarda
julgamento.
Já a
cidade de Carpina (Zona da Mata Norte, a 56 km do Recife) elegeu Carlos Vicente
de Arruda Silva, do PSB. Carlinhos do Moinho, como é conhecido, possui
sete prestações de contas rejeitadas pelo TCE-PE, referentes ao período de 2000
a 2008, quando exerceu mandato de prefeito em Lagoa do Itaenga.
Em Chã Grande o ex-prefeito Daniel Alves de Lima (PP) conseguiu voltar à
Prefeitura mesmo depois de ter a candidatura impugnada. Daniel governou a
cidade por duas gestões, entre 1997 a 2004. Neste período, o progressista teve
contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado e, por isso, foi enquadrado
na Lei como Ficha Suja. O PP recorreu da decisão e restabeleceu a
candidatura de Daniel Alves, que ainda poderá ser julgado.
Do
Blog do Magno Martins