A falta
de chuva no interior do Nordeste fez com que produtos como o feijão, o tomate e
o repolho tivessem um aumento no preço de mais de 100%. Nas feiras do Recife e
na Central de Abastecimento (Ceasa) de Pernambuco, os consumidores estão
revoltados com os valores dos alimentos.
Nas
feiras livres, as queixas são muitas. "Toda semana a gente leva um susto
[com o preço] nas feiras, supermercados", disse a dona de casa Marli
Rodrigues. “O tomate está caro. A gente achava por R$0,49, agora está por R$1.
Já vi até por R$3”, reclamou o pastor João Gomes.
O melhor
termômetro para avaliar os preços é na Ceasa. Do ano passado para cá, as 20
hortaliças mais consumidas subiram, em média, 14%. As 12 frutas mais vendidas,
10%. O principal problema é a estiagem, que reduziu a área de plantio e o
tamanho da colheita.
José
Oliveira planta repolho e cenoura no Brejo
da Madre de Deus, no Agreste de Pernambuco. Ele disse que este ano, a
produção foi baixa. "Faltou água, a peste atacou e o produto estava
barato, então a gente parou de plantar", disse.
"Esta é a pior seca dos últimos 50 anos, desde 1962. Sem chuva e com mananciais secos, tem de fazer irrigação em uma área menor, assim a oferta diminui. E a tendência é que a oferta continue baixando e os preços, aumentando. Infelizmente, temos que esperar até as chuvas de janeiro, fevereiro e março do ano que vem, mas não vai haver desabastecimento", informou o presidente da Ceasa Romero Pontual.
"Esta é a pior seca dos últimos 50 anos, desde 1962. Sem chuva e com mananciais secos, tem de fazer irrigação em uma área menor, assim a oferta diminui. E a tendência é que a oferta continue baixando e os preços, aumentando. Infelizmente, temos que esperar até as chuvas de janeiro, fevereiro e março do ano que vem, mas não vai haver desabastecimento", informou o presidente da Ceasa Romero Pontual.
Do G1 PE