sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Tecidos do lixo hospitalar que vinha dos EUA eram transformados em forro de bolso em Santa Cruz e vendidos para a região

O caso dos dois contêineres com lixo hospitalar que vinham dos EUA começa a ser desvendado em Santa Cruz do Capibaribe. A carga estava identificada como tecido de algodão com defeito, vinda da Carolina do Sul (EUA) e importado por uma empresa do ramo têxtil localizada em Santa Cruz. A empresa cujo nome ainda está sob sigilo das autoridades, utilizava os tecidos para a fabricação de forro de bolso, que eram vendidos em seguidas para diversas empresas de confecções em Santa Cruz e principalmente em Toritama onde existe uma filial da mesma. As informações dão conta que a empresa atuava a dois anos na importação dos “lençóis”, restando ser descoberto as toneladas do lixo hospitalar que pode colocar em risco a população. Outra preocupação a ser levada em questão é o risco que correm as pessoas que trabalharam na divisão dos tecidos, que acabavam se transformando em forro de bolso.     
Além de Receita Federal e Anvisa, Polícia Federal, Ibama e Ministério Público Federal participarão da investigação.

Foram 23 toneladas de lençóis, fronhas, toalhas de banho, batas e pijamas, roupas de bebês, com identificação de vários hospitais, alguns sujos e com matéria orgânica. Ao fim da inspeção os resíduos foram recolocados no container que foi lacrado pela Anvisa. 

O Ibama participou de  reunião na tarde desta quinta-feira, entre a Anvisa e Receita, na sede da Alfândega da Receita Federal no Porto de Suape, para tomar ciência da situação e tomar as providências legais do ponto de vista ambiental.
  
O Ministério Público Federal também já foi acionado e deve coordenar as ações entre os vários órgãos federais envolvidos. Em 2011, mais seis contêineres da mesma empresa entraram pelo Porto de Suape. O levantamento sobre estas entradas está sendo realizado pela Receita Federal e passará a ser rastreado pelos órgãos de fiscalização sanitária e ambiental.

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