sábado, 23 de julho de 2022

Turista morre afogado e outro é resgatado com vida no mar em praia perto de Porto de Galinhas; eles estavam com família em resort de luxo

Eles foram arrastados por correntes marítimas e desaparecerem no mar

Um turista morreu afogado e o outro foi resgatado com vida, nesta sexta (22), na praia de Cupe, perto de Porto de Galinhas, em Ipojuca, no Grande Recife. Eles foram arrastados por correntes marítimas e desaparecerem no mar, nas proximidades do Enotel, resort cinco estrelas onde se hospedaram. 

O Corpo de Bombeiros foi acionado às 18h10, quando foi encontrado o corpo do primeiro homem. Segundo a prefeitura de Ipojuca, o segundo turista foi achado com vida às 19h53.

O turista resgatado com vida foi levado pelos bombeiros para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Porto de Galinhas. O estado de saúde não foi divulgado.

Os homens entraram no mar após 17h45, momento em que não havia guarda-vidas na praia. Segundo o Executivo municipal, os turistas "não respeitaram a bandeira vermelha", que alerta para o perigo de entrar no local onde eles foram levados pela correnteza.

Integrantes da mesma família, os turistas seriam de São Paulo e de Minas Gerais. 

Pessoas que estavam no local onde ocorreu o afogamento informaram que os homens estavam no mar com dois adolescentes de 12 e de 13 anos. Também parentes, os jovens conseguiram sair.

As esposas dos dois estariam no resort com outras pessoas da família. O grupo teria chegado ao hotel em Cupe, no domingo (17).

Ainda segundo informações, o menino de 12 anos, que estava no local do resgate, chegou a afirmar que sentiu que o mar estava puxando muito.

Também teria afirmado que não conseguia colocar o pé no chão e avisou todo mundo. Nessa hora, todos começaram a nadar, mas apenas os dois mais novos conseguiram sair do mar. 

Área de risco

O salvamar Marcos André Fernandes da Costa, que há 22 anos que trabalha como instrutor de primeiros socorros, explicou que, quando o turista está próximo a uma vala que fica no banco de areia, os salvadores identificam e fazem a prevenção.

"É feita a prevenção diária em vários grupos e várias vezes. Eles não conseguem compreender que, mesmo a água estando abaixo do joelho, estão perto de uma vala. E quando cai na vala a profundidade passa da altura do corpo. Assim, eles são deslocados para o alto mar, no sentido da corrente de retorno", explicou.

Segundo Marcos André, as vítimas normalmente tentam voltar para a areia por onde entraram no mar, mas não conseguem, porque a corrente é muito forte.

"A maioria dos turistas não consegue entender. Só quando caem mesmo na vala e a gente tem que fazer o resgate, eles entendem o perigo da área. Por isso, que é sinalizada com bandeiras. Os guarda-vidas fazem prevenções e passam quadríciclos e motos aquáticas," disse. 

Fonte: g1