segunda-feira, 30 de maio de 2022

“Antigos gestores davam gasolina para quem queria. Era a farra da gasolina”, explica prefeito do Brejo da Madre de Deus sobre investigação da Polícia Federal no município

Segundo o atual prefeito, seus antecessores atrasaram o crescimento do município em mais de 30 anos

O prefeito do Brejo da Madre de Deus, no Agreste, Roberto Asfora (PL), explicou o motivo da ação da Polícia Federal (PF) na prefeitura do município recentemente. Em entrevista ao programa Cidade em Foco, da Rede Pernambuco de Rádios, o atual gestor criticou as administrações anteriores e deixou claro que o seu mandato não é alvo da investigação da PF.

Denúncia foi feita pelo então vereador Roberto Asfora Filho em 2015. “Não é o que está acontecendo, é o que aconteceu. O delegado da Polícia Federal oficiou para que nós entregássemos todos os empenhos de 2015 a 2020. Pegando, então, parte da administração de Edson e pegando toda a administração de Hilário. De 2015 a 2020 ele quer todos os empenhos de valores que foram pagos em combustíveis”, explicou.

“Era uma verdadeira lambança. Eles [antigos gestores] davam gasolina para quem queria. Era a farra da gasolina. Eles davam combustível para os correligionários, para vereadores, para quem eles quiserem. Aqui, o carro não tinha que ser público ou oficial para poder usar o combustível. Poderia ser o carro de um amigo que esse veículo já teria um vale de gasolina”, completou Roberto.

Segundo o atual prefeito, seus antecessores atrasaram o crescimento do município em mais de 30 anos. Para provar, ele comparou o Brejo com as cidades vizinhas.

“Se for observar de perto, como nós temos visto desde a hora em que assumimos esse município, esse grupo que me antecedeu, eu posso dizer olhando para Belo Jardim, para Caruaru, para Toritama, para Santa Cruz do Capibaribe e guardando as proporções de tamanho, olhando também para Jataúba, eles atrasaram esse importante município do Agreste, que é o Brejo da Madre Deus, em mais de 30 anos. Porque faziam políticas pequenas e esqueciam das políticas públicas e sociais. Daí, o Brejo ficou em um atraso perante os nossos vizinhos mesmo sendo mais antigo do que todos eles”, completou Roberto Asfora.

Fonte: Alberes Xavier