terça-feira, 26 de janeiro de 2016

PRIMEIRO, A OBRIGAÇÃO: Prefeituras do Brejo da Madre de Deus e de Jataúba são orientadas a evitarem gastos com o carnaval, enquanto não quitarem os compromissos com os credores

É regra. Em Pernambuco, carnaval rima com decoração e shows pagos pelo poder público. As prefeituras são motores desse modelo, um chamariz para a juventude, mas incapaz de funcionar bem nesta época de crise sem a retirada de cifras reservadas a áreas essenciais.

O entendimento de quem fiscaliza os municípios não poderia ser outro diferente ao exigir rigor na destinação dos recursos públicos. Em Lagoa dos Gatos, no Agreste, o Ministério Público conseguiu suspender, através de liminar judicial, as festividades programadas para esta semana. Recomendações neste sentido foram encaminhadas às prefeituras de Goiana e Tracunhaém, na Mata Norte, Brejo da Madre de Deus e Jataúba, no Agreste, e Ibimirim e Tabira, no Sertão.

A orientação é para que os municípios evitem envolvimento direto e indireto em gastos de carnaval enquanto não quitar todos os compromissos com os credores. Nesses casos, como em qualquer outra cidade pernambucana, a ação dos promotores deve ser a ponta da lança da fiscalização. O monitoramento e a denúncia do desrespeito às recomendações também cabem à população, vitima maior dos equívocos administrativos dos gestores municipais. Aos críticos da fiscalização, a melhor resposta é “primeiro, a obrigação e somente depois, a devoção”. A folia fica para depois.

Do Estação Notícias Fonte: Diário de Pernambuco