quarta-feira, 14 de maio de 2025

Compesa identifica 132 ligações clandestinas de água em Caruaru

Uma operação coordenada pela Compesa, com apoio das polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros, Secretaria da Fazenda, Vigilância Sanitária, Neoenergia e Instituto de Criminalística, resultou na retirada de 132 ligações clandestinas de água no município de Caruaru, no Agreste Central de Pernambuco. A ação, realizada ao longo de cinco dias, constatou o desvio mensal de 10,3 milhões de litros de água, volume suficiente para abastecer mais de mil residências no mesmo período.

Durante a fiscalização, foram percorridos cerca de 1.260 metros de tubulações nos bairros Cidade Alta, Sítio Torres/Rendeiras, Universitário, Loteamento Juriti e nas comunidades de Lajes, Jacaré, Umburana, Gonçalves Ferreira e Taquara. Quatro pessoas foram presas. No bairro Cidade Alta, a água desviada abastecia um clube com piscina. Já no Sítio Torres, os desvios foram encontrados em um supermercado, um haras e 15 chácaras. No supermercado, foi identificada uma adulteração no hidrômetro que mascarava o consumo real.

O caso mais expressivo foi registrado em um condomínio de alto padrão, onde 70 imóveis em construção estavam utilizando água clandestinamente. Estima-se que o furto acontecia há três anos, com um prejuízo mensal de 1,5 milhão de litros de água, impactando diretamente o abastecimento dos bairros Amilson Afonso e Fernando Lyra. As multas aplicadas chegaram a R$ 151.905,60, com inclusão em cartório por inadimplência.

Duas das prisões ocorreram no início da semana passada e afetavam diretamente o abastecimento em Gonçalves Ferreira, onde está sendo regularizada a vazão total de 8 litros por segundo. Outras duas prisões foram realizadas nos bairros Cidade Alta e Sítio Torres/Rendeiras.

A Compesa destacou que a operação foi motivada por monitoramento interno e denúncias anônimas da população, reforçando que furto de água é crime previsto nos artigos 155 e 265 do Código Penal, com penas que podem chegar a cinco anos de prisão e multas de até R$ 50 mil. A empresa incentiva que denúncias sejam feitas pelos canais oficiais, como o site www.compesa.com.br, ouvidoria e aplicativo.