A Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES) divulgou, nesta quarta-feira
(11), que notificou ao Ministério da Saúde o terceiro caso suspeito de
hepatite aguda grave de origem desconhecida no Estado.
A paciente é uma menina de 3 anos de idade, que mora no
município de Glória do Goitá, na Zona da Mata de Pernambuco. Ela foi
encaminhada para o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando
Figueira (Imip), no bairro dos Coelhos, área central do Recife, onde está
internada desde o último dia 3 de maio.
A criança, que apresentou quadro de febre, aumento do
volume abdominal e icterícia (pele amarelada), recebe assistência na enfermaria
da Imip. Na instituição, ela também realiza exames complementares.
Entre os outros dois casos suspeitos em Pernambuco, já
divulgados esta semana, está um menino de 1 ano, residente no município de
Toritama, no Agreste, que foi acompanhado no Hospital Mestre Vitalino, em
Caruaru. Ele recebeu alta hospitalar no dia 6 deste mês.
Além dele, há um adolescente de 14 anos, residente no
município de Salgueiro, no Sertão do Estado, que estava internado no Hospital
Getúlio Vargas (HGV), no Cordeiro, Zona Oeste do Recife. Ele foi transferido,
na terça-feira (10), para o Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), em
Santo Amaro, área central da capital pernambucana.
Os médicos devem ficar em alerta para esta situação
emergente e precisam ficar atentos às crianças que apresentam sinais e
sintomas "potencialmente atribuíveis à hepatite que podem exigir
testes de função hepática", diz o alerta da SES.
Entre os sintomas, estão descoloração da urina (escuro)
e/ou fezes (pálido); icterícia; prurido; artralgia (dor nas juntas); mialgia
(dor muscular); pirexia (febre); náuseas, vômitos ou dor abdominal; letargia
(cansaço com diminuição da energia, da capacidade mental e da motivação); e/ou
perda de apetite.
"Equipes de saúde, principalmente da pediatria,
devem estar atentas a crianças e adolescentes com 16 anos ou menos,
principalmente com relato de passagem pelos locais afetados, que apresentem
icterícia (coloração amarelada da pele e/ou olhos) ou sintomas compatíveis com
hepatite aguda", destaca a SES.
As investigações dos casos, segundo a secretaria,
continuam em andamento, com a realização de exames complementares para análise
laboratorial das hepatites virais, agentes possivelmente relacionados a este
tipo de hepatite e outras doenças, assim como as investigações epidemiológicas
realizadas junto aos municípios de residência dos pacientes. A SES também
destaca que aguarda novas definições de protocolos pelo Ministério da Saúde.
"Por fim, a SES-PE reforça que segue em contato com
toda a rede de saúde (unidades públicas e privadas) para monitoramento das
ocorrências no Estado. O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em
Saúde de Pernambuco (Cievs-PE) também já emitiu nota de alerta orientando
os serviços para que, na observação de casos suspeitos e que atendam às
definições, realizem a notificação de imediato.