quinta-feira, 31 de março de 2022

Sessenta alunos de escola técnica pernambucana passam mal após comer merenda

Sessenta estudantes da Escola Técnica Estadual Luiz Alves Lacerda, localizada no Centro do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, passaram mal com suspeita de intoxicação alimentar pouco depois de comerem a merenda, nesta quarta-feira (30). 

Os primeiros casos ocorreram por volta das 13h30, quando o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para socorrer os adolescentes - além de unidades móveis do município, outras de Ipojuca e Sirinhaém também foram chamadas para dar suporte e atender a ocorrência.

Segundo informações divulgadas pelo Samu, 11 alunos, que têm idades entre 14 e 17 anos, de ambos os sexos, tiveram de ser levados para o Hospital Mendo Sampaio, também no Cabo, com sintomas mais acentuados de infecção. Alguns precisaram ser socorridos e levados em macas para a unidade de saúde. 

A dona de casa, Edileuza Maria, relatou o momento em que soube do ocorrido por seu neto. "Ele me ligou desesperado e perguntei o que foi que tinha acontecido. Foi quando ele disse que vomitou duas vezes e fui buscá-lo correndo. Quando cheguei (na escola) ele me mostrou o WhatsApp... Vi muita coisa, menina desmaiando, povo gritando, muita coisa", contou.

De acordo com o aluno Kauã Henrique, que cursa o 3º ano, a notícia de que a comida estava estranha já circulava pela antes mesmo de a sua turma ter sido liberada para fazer a refeição. "A gente vinha recebendo informação dos outros alunos que o frango estava cheirando mal, mas não achamos que seria nada grave. A gente comeu e depois do almoço, ao chegar na sala, já começamos a passar mal. As primeiras turmas que almoçaram foram as mais afetadas", declarou o rapaz de 18 anos.

NOTA 

A Secretaria de Educação e Esportes do Estado informa que ao tomar conhecimento de que estudantes estavam passando mal, a gestão da Escola Técnica Estadual (ETE) Luiz Alves, no Cabo de Santo Agostinho, prontamente prestou os primeiros socorros aos jovens, acionou o Samu e entrou em contato com os pais e responsáveis.

A Gerência Regional de Educação Metropolitana Sul também encaminhou uma equipe de nutricionistas até o local para fazer a anamnese com os estudantes e coletar as amostras da refeição para análise laboratorial, onde todos os pontos precisam ser analisados com precisão antes de qualquer conclusão.

A pasta esclarece ainda que todas as merendas passam por uma avaliação nutricional rigorosa antes de ser servida aos estudantes e que todas as refeições são feitas diariamente e, periodicamente, os alunos se submetem a aplicação de um questionário de satisfação e de aceitabilidade. As aulas da unidade não foram suspensas e os estudantes que se sentiram mal só foram liberados após autorização médica e com a presença dos pais ou responsáveis.

Fonte: Jornal do Commercio