Sessenta estudantes da Escola Técnica Estadual Luiz Alves
Lacerda, localizada no Centro do Cabo de Santo Agostinho, no Grande
Recife, passaram mal com suspeita de intoxicação alimentar pouco depois de
comerem a merenda, nesta quarta-feira (30).
Os primeiros casos ocorreram por volta das 13h30, quando o
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para socorrer
os adolescentes - além de unidades móveis do município, outras
de Ipojuca e Sirinhaém também foram chamadas para dar suporte e atender a
ocorrência.
Segundo informações divulgadas pelo Samu, 11
alunos, que têm idades entre 14 e 17 anos, de ambos os sexos, tiveram de
ser levados para o Hospital Mendo Sampaio, também no Cabo, com sintomas
mais acentuados de infecção. Alguns precisaram ser socorridos e levados em
macas para a unidade de saúde.
A dona de casa, Edileuza Maria, relatou o momento em
que soube do ocorrido por seu neto. "Ele me ligou desesperado e
perguntei o que foi que tinha acontecido. Foi quando ele disse que vomitou duas
vezes e fui buscá-lo correndo. Quando cheguei (na escola) ele me mostrou o
WhatsApp... Vi muita coisa, menina desmaiando, povo gritando, muita
coisa", contou.
De acordo com o aluno Kauã Henrique, que cursa o
3º ano, a notícia de que a comida estava estranha já circulava pela antes mesmo
de a sua turma ter sido liberada para fazer a refeição. "A gente vinha
recebendo informação dos outros alunos que o frango estava cheirando mal, mas
não achamos que seria nada grave. A gente comeu e depois do almoço, ao chegar
na sala, já começamos a passar mal. As primeiras turmas que almoçaram foram as
mais afetadas", declarou o rapaz de 18 anos.
NOTA
A Secretaria de Educação e Esportes do Estado informa que ao
tomar conhecimento de que estudantes estavam passando mal, a gestão da Escola
Técnica Estadual (ETE) Luiz Alves, no Cabo de Santo Agostinho, prontamente
prestou os primeiros socorros aos jovens, acionou o Samu e entrou em contato
com os pais e responsáveis.
A Gerência Regional de Educação Metropolitana Sul também
encaminhou uma equipe de nutricionistas até o local para fazer a anamnese com
os estudantes e coletar as amostras da refeição para análise laboratorial, onde
todos os pontos precisam ser analisados com precisão antes de qualquer
conclusão.
A pasta esclarece ainda que todas as merendas passam por uma
avaliação nutricional rigorosa antes de ser servida aos estudantes e que todas
as refeições são feitas diariamente e, periodicamente, os alunos se submetem a
aplicação de um questionário de satisfação e de aceitabilidade. As aulas da
unidade não foram suspensas e os estudantes que se sentiram mal só foram
liberados após autorização médica e com a presença dos pais ou responsáveis.
Fonte: Jornal do Commercio