sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

SINDIBREJO - NOTA OFICIAL

O SINDIBREJO, por sua Diretoria, tendo em vista os impasses criados através da administração municipal para a concessão do REAJUSTE DO PISO SALARIAL DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO, bem como o REAJUSTE ANUAL DO SALÁRIO BASE DOS DEMAIS SERVIDORES, vem de público esclarecer o que abaixo segue:

É inegável os significativos avanços que a atual administração municipal vem implementando no trato com o servidor público, no atendimento de suas reivindicações, de seus direitos, outrora postergados.

É inegável, também, as respostas imediatas, conclusivas, sem engavetamento dos requerimentos, dos pedidos solicitados.

Mas, mesmo diante dessas mudanças, o SINDIBREJO, na condição de órgão de representação dos interesses de todos os servidores públicos deste município, jamais poderá se calar ante os absurdos perpetrados contra esses mesmos servidores, partam eles de qualquer gestor, em qualquer época.

SOBRE OS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

Não é justo o que se está tentando fazer contra os Profissionais da Educação, que, por anos a fio, vêm sendo discriminados nas suas conquistas, todas elas, legalmente amparadas, tanto por um Plano de Cargos arduamente aprovado, como, por uma Lei Federal garantidora de reajustes de um piso salarial ínfimo.

As justificativas, feitas por tecnocratas da administração, sempre amparadas num monótono tema, de que a Prefeitura tem débitos deixados por administrações pretéritas, de que a folha de pagamento está acima do limite, não são capazes de convencer ao mais inocente dos humanos.

Quando oferecem alguma contrapartida, o fazem ferindo a isonomia salarial, o PCC, a Lei do Piso.

Quem poderá explicar nessa administração a legalidade de se reter valores referentes ao FUNDEB, não os repassando aos professores, sob o argumento de que as despesas com pessoal aumentarão, se as receitas provenientes do valor aluno/ano, também, aumentarão na mesma proporção do reajuste fixado pelo Governo Federal?

É justo procrastinar um reajuste para, inevitavelmente, no final do ano, repassá-lo em forma de abono, ou coisa parecida, prejudicando o direito dos profissionais inativos detentores do direito de paridade salarial?

Sabemos que esse reajuste pode, e deve, ser concedido.

O SINDIBREJO não se descuidará um só instante. 

QUANTOS AOS DEMAIS SERVIDORES

“Nenhum trabalhador deverá receber vencimentos abaixo do salário mínimo”

Essa é a determinação legal, sem contestações, sem ressalvas.

Desde o distante ano de 2005 que os servidores públicos deste município, por uma solução esdrúxula, tiveram seus vencimentos congelados no valor de R$ 260,00(duzentos e sessenta reais).

Para se chegar ao valor do salário mínimo de cada ano, usou-se uma desumana fórmula de se conceder um abono salarial, que era igual à diferença entre o vencimento base + quinquênios e o salário mínimo da época.

Fugindo da determinação contida no Estatuto do Servidor Público do Município, os quinquênios eram calculados tomando-se por parâmetro o salário base do servidor, quando o referido comando normativo estabelece como referência a remuneração do servidor.

Essa aberração jurídica permaneceu inalterada até o ano de 2019, quando foi alterada em face de determinação judicial e árduas negociações entre o SINDIBREJO e o gestor da época.

Era justo o que se fazia naquela época, incluindo-se o adicional de tempo de serviço, para se diminuir o valor que o município teria que repor para efeito de equiparação ao salário mínimo?

Era justa a concessão de um abono salarial que desobrigava o município do repasse ao IPRESB das obrigações previdenciárias respectivas?

Não, não era justo.

E o SINDIBREJO foi atrás de corrigir aquelas injustiças, e conseguiu, através da via judicial e do diálogo.

Agora, num retrocesso injustificável, alguns setores da administração municipal querem a volta daqueles tempos.

Querem transformar o servidor num sócio do munícipio, doando compulsoriamente os seus quinquênios, o seu salário-família, deles fazendo uso para complementar o seu salário, tudo em forma de abono, sem qualquer contribuição previdenciária ao IPRESB, isso, depois de uma luta renhida para conseguirem aumentar as alíquotas previdenciárias, tanto patronal, quanto aquela descontada do salário do servidor.

E, mais ainda, querem deixar de pagar os quinquênios com base na remuneração, em desacordo com o Estatuto e a determinação judicial.

Nada disso é justo, tudo merece reparos.

O SINDIBREJO espera que uma voz surja nesse terremoto de injustiças e se levante contra esse estado de coisas, para que prevaleça o bom senso e se tenha novos tempos, tempos de esperança, tempos de segurança jurídica.

Se inexiste uma lei que ampare o reajuste, que se pague ao servidor em forma de complemente salarial, que não altera os adicionais, nem penaliza o IPRESB.

Em assim não acontecendo, antes de tudo, buscando denodadamente o diálogo, a conversa franca, aberta, o SINDIBREJO estará atento e lutará até as últimas consequências pelos direitos dos servidores deste município.

"O prefeito abriu a mesa de negociações e dia 3 de março acontecerá mais uma reunião com administração. Estamos confiantes", falou a Presidente Wilma Azevedo

Vocês, servidores, não estão sós, desamparados.

Juntos somos mais fortes.

Do Estação Notícias / Assessoria