Pacientes de leucemia se reuniram em frente
ao Hemope, na manhã desta sexta-feira (21), no bairro das Graças,
para protestar pela suspensão da compra de medicamentos importados para
tratamentos de câncer. Segundo os manifestantes, a compra foi suspensa ainda no
ano de 2021 e o caso tem agravado substancialmente a qualidade de vida deles,
tendo levado a internação de pacientes que já se encontravam com suas
comorbidades controladas.
Os recursos para a compra dos medicamentos vêm do Ministério
da Ciência e Tecnologia e não do Ministério da Saúde. O dinheiro para a
compra do medicamento vem de orçamento do governo federal, que no ano
passado passou por mudanças na legislação e no pagamento de suas prestações,
sob autorização do Congresso Nacional. A suspensão dos recursos para os
medicamentos dos pacientes foi o alvo do protesto de hoje.
Segundo Josenildo Pereira, 59, funcionário público da área
de saúde, a última vez que ele tomou a medicação para a leucemia foi o 3 de
dezembro, de lá pra cá o medicamento seguiu em falta. O custo da caixa com 30
comprimidos, é em torno de 16 mil reais e o genérico, 2 mil reais. Josenildo
afirma que o custo não cabe no seu orçamento.
Uma deputada esteve na manifestação para prestar suporte
legislativo aos pacientes. A parlamentar, que com o mandato das juntas preside
a comissão de direitos humanos da Alepe, afirmou que além do contato com a
secretaria de saúde, também entrarão em contato com a defensoria pública.
Do Estação Notícias