A Polícia Civil de Minas Gerais explicou, nesta
segunda-feira (29), a trágica história de um idoso de 63
anos que acabou assassinado de forma brutal após uma falsa acusação
de pedofilia. A morte aconteceu em 17 de setembro, na Vila Andiroba,
Região Norte de Belo Horizonte.
O homem, que era funcionário da prefeitura de Belo
Horizonte, foi espancado até a morte. Três suspeitos, com idades de 24, 26 e 37
anos, acabaram presos.
Em entrevista ao jornal Estado de Minas, a delegada
Mônica Pérpetua Carlos afirmou que, inicialmente, existia uma suspeita
sobre a motivação do crime, e ela estaria relacionada a um possível ato
de pedofilia. As investigações, no entanto, apontaram que a vítima tinha
urinado em via pública, e uma mulher de um gerente do tráfico na
região, de 28 anos, ficou indignada e exigiu a morte do homem. Ela alegava que
ele teria agido de forma insinuante para crianças do bairro, o que configuraria
crime de pedofilia.
A partir da exigência da mulher, o gerente do tráfico ordenou
a morte do idoso. Depois de descobrirem que a mulher havia mentido sobre a
vítima, os traficantes locais a expulsaram do bairro. A mulher, que
também foi indiciada pelo crime, está foragida.
Ainda segundo a delegada, o idoso era uma pessoa
pacata, conhecida na região como “Vô”. Os três suspeitos presos são
investigados por outros homicídios e têm antecedentes criminais. Eles serão
indiciados por homicídio qualificado.
Do Estação Notícias / Folha