O ministro de Minas e Energia (MME), Bento Albuquerque, afirmou,
ontem, que não será possível antecipar para novembro o fim da bandeira
tarifária de escassez hídrica, como o presidente Jair Bolsonaro havia declarado
na semana passada. A afirmação foi feita após participação em café da manhã
promovido pela Frente Parlamentar Mista Pelo Brasil Competitivo. A sobretaxa
impõe um custo extra nas contas de luz equivalente a R$ 14,20 para cada 100 kWh
consumidos.
Segundo o ministro, a bandeira tarifária é necessária para
cobrir o custo de geração de energia, que ficou mais caro por causa do
acionamento de usinas termelétricas durante o período de estiagem, que esvaziou
os reservatórios das hidrelétricas. A bandeira começou a ser aplicada em
setembro e deve vigorar, pelo menos, até abril do próximo ano.
“Não é possível antecipar o fim, porque nós temos que fazer
o monitoramento do setor. A bandeira tarifária representa o custo da geração de
energia”, afirmou Bento Albuquerque. “Para que possamos passar por esse período
sem racionamento e sem apagão, ainda é necessária essa bandeira. Então, quando
as condições melhorarem, as tarifas, evidentemente, serão reduzidas”,
acrescentou.
Na quinta-feira da semana passada, o presidente Jair
Bolsonaro disse que determinaria ao Ministério de Minas e Energia que a
bandeira voltasse ao normal, ou seja, deixasse de ser cobrada. “Dói a gente
autorizar o ministro Bento a decretar a bandeira vermelha. Dói no coração,
sabemos da dificuldade da energia elétrica. Vou determinar que ele volte à
bandeira normal a partir do mês que vem”, afirmou Bolsonaro.
Do Estação Notícias / Diario de Pernambuco