Depois do Ministério da Saúde suspender a orientação de
vacinação de adolescentes sem comorbidades contra a Covid-19, a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu comunicado em que diz não ver
razão para mudar as condições aprovadas pelo órgão para a vacina da
Pfizer/BioNTech.
“Com os dados disponíveis até o momento, não existem
evidências que subsidiem ou demandem alterações da bula aprovada,
destacadamente, quanto à indicação de uso da vacina da Pfizer na população
entre 12 e 17 anos”, diz a Anvisa.
Em junho deste ano, o imunizante teve o uso em pessoas com
12 anos de idade ou mais autorizado pela agência. A aplicação nesse
público, em pessoas com e sem comorbidades, foi então indicada pelo Ministério
da Saúde para iniciar ontem (15). Mas a pasta voltou atrás sob argumentos
de adotar cautela para esse público.
No comunicado, a Anvisa diz que investiga o caso do
adolescente paulista morto após ser vacinado com uma dose da Pfizer/BioNTech,
um dos episódios que chamou a atenção para possíveis efeitos.
A agência ressalta que ainda não há uma relação de causa
encontrada entre a morte e a aplicação da vacina. Os dados obtidos ainda são
“preliminares” e precisam ser analisados para confirmar ou descartar uma suposta
relação entre os dois episódios, disse a Anvisa.
O órgão acrescenta que todas as vacinas autorizadas no
Brasil são monitoradas constantemente a partir da notificação de efeitos
adversos. “Até o momento, os achados apontam para a manutenção da relação
benefício versus o risco para todas as vacinas, ou seja, os benefícios da
vacinação excedem significativamente os seus potenciais riscos”.
A Anvisa lembra que a aprovação do uso da vacina da
Pfizer/BioNTech em adolescentes levou em consideração estudo com 1.972 pessoas
nessa faixa etária, com eficácia de 100% nos grupos avaliados.
Do Estação Notícias / Diario de Pernambuco