Pernambuco teve um aumento de 469% nos casos de chikungunya,
entre janeiro e julho deste ano, em comparação com o mesmo período de 2020, de
acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES). No estado, durante os sete
primeiros meses de 2021, 9.378 pessoas foram diagnosticadas com a arbovirose,
que, assim como a dengue e o vírus da zika, é transmitida pelo
mosquito Aedes aegypti.
No mesmo período de 2020, houve 1.648 casos de chikungunya.
O número de confirmações da doença em sete meses de 2021 também supera, em
10,7%, todos os registros da arbovirose em 2019, antes da chegada da pandemia
da Covid-19. Naquele ano, de janeiro a dezembro, foram 8.467 casos.
O boletim divulgado nesta sexta-feira (13) pela SES abrange
o período que vai até a semana epidemiológica 30, no fim de julho. Neste
ano, houve 31 mortes de pessoas com suspeita de contágio por arboviroses.
Um deles foi confirmado para a dengue e outros dois foram descartados. Os
demais seguem em investigação.
A morte confirmada para a dengue foi de um idoso de 76 anos,
morador do Recife, que faleceu em maio deste ano. Ele teve o diagnóstico
para a doença pelo critério clínico-epidemiológico.
Nos sete primeiros meses deste ano, segundo a SES, também
foram confirmados 6.926 casos de dengue e dez do vírus da zika, o que
representa queda de 15,2% e de 28,5% na comparação com o mesmo período de 2020,
respectivamente. No ano anterior, foram 8.174 infectados por dengue e 14 pela
zika.
No total, entre janeiro e julho, foram 16.254 casos de
arboviroses, incluindo as três doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, em
2021, e 9.836, em 2020. O aumento entre os sete primeiros meses dos dois anos
foi de 65,2%.
Além dos casos confirmados, também houve aumento no número
de suspeitas de arboviroses. No mesmo boletim epidemiológico, foram notificados
34.131 casos de dengue, 22.257 de chikungunya e outros 3.827 de zika.
Nos sete primeiros meses do ano anterior, foram 25.958 casos
suspeitos de dengue, número 31,4% menor. A chikungunya teve, no mesmo período
de 2020, 4.651 suspeitas, o que foi 378,5% a menos que este ano. As
notificações de zika, por sua vez, subiram 130,8%, já que houve 1.658 casos no
ano passado.
Do Estação Notícias / G1