sexta-feira, 9 de julho de 2021

Após morte do pai, filho denuncia falta de médico e até ausência de enfermeiro em hospital de Gravatá

Viralizou nas redes sociais o desespero de um homem que viu seu pai desacordado durante atendimento no Hospital Doutor Paulo da Veiga Pessoa, em Gravatá, Agreste de Pernambuco.

No vídeo o filho de um idoso mostra seu genitor desacordado em um dos leitos de enfermaria do hospital, sem que houvesse imediata assistência de médico ou enfermeiro. Os maqueiros teriam sido informados que o idoso estava passando mal e procederam com a remoção dele até a sala vermelha.

Confira o vídeo.

"Há uns minutos eu falei com o secretário de saúde, ele falou que ia solucionar o problema, disse que tem seis (6) médicos não chegou ninguém, estou procurando uma enfermeira para fazer os procedimentos médicos no meu pai e não tem ninguém" disse o filho.

No momento que o filho entra na sala vermelha ele mostra a sala vazia e sem médicos para atender seu pai em estado grave. A profissional de saúde, que apesar de estar em um ambiente público, não quis ser filmada e pediu para o acompanhante deixar o local, mediante aviso prévio existente na porta da sala.

Um guarda municipal foi acionado para ameninar os ânimos, e o acompanhante deixou o local. O vídeo que ilustra esta reportagem foi gravado durante a madrugada desta quinta-feira (8), poucas horas antes do idoso morrer. Os vídeos se tornaram públicos nas redes sociais, ganhando discussão popular.

Há relatos que no momento de toda ocorrência haviam seis médicos de plantão, agora, resta saber onde estavam estes seis médicos no momento que o fato aconteceu.

Hospital emite nota e diz que família não autorizou reanimação do idoso.

Em nota de esclarecimento, um médico e uma enfermeira alegaram que Luís Antônio da Silva, segundo familiares, seria portador de um câncer de pulmão metastático, respiração acelerada (taquipneia), de pouca coloração de pele.

Após o idoso ser atendido por equipe de plantão, o idoso foi levado para sala vermelha e que o filho do idoso foi informado por telefone sobre a transferência da sala de enfermaria para sala de trancamento intensivo.

Uma enfermeira foi até a sala vermelha para dar assistência ao idoso, solicitando que o mesmo se retirasse da sala para que o atendimento ao paciente tivesse continuidade. O filho do idoso foi informado pelo hospital, por volta de 1h43, que o idoso estava em estado grave, com nível de consciência prejudicado.

Na nota, médicos alegaram que seria necessário proceder medidas invasivas como reanimação cardiopulmonar, mas o parente alegou que a família não desejava que tais medidas fossem tomadas até a chegada de outros familiares, fato que não aconteceu até as 5h12 quando o idoso morreu.

Do Estação Notícias / Pernambuco Notícias