A vítima de 45 anos
foi atingida por dois tiros e morreu no local
Um sargento reformado da Polícia Militar, de 53 anos, foi
preso na manhã da sexta-feira (25) por matar a esposa, de 45 anos de idade, no
Alto do Mandu, na Zona Norte do Recife. A vítima, a cabeleireira Anna
Paula Porfírio dos Santos, foi atingida por dois disparos de arma de fogo e
faleceu dentro de casa, segundo a Polícia Civil.
Equipes da Polícia Militar (PM) foram acionadas durante a
madrugada para o local do feminicídio. Segundo a PM, o marido da vítima, Ademir
Tavares de Oliveira, foi levado ao Departamento de Homicídios e Proteção à
Pessoa (DHPP), no Cordeiro, na Zona Oeste, onde foi autuado em flagrante.
Em seguida, o homem foi encaminhado ao Instituto de Medicina
Legal (IML) e, em seguida, ao BPChoque. No local, até a última atualização
desta reportagem, o policial militar aguardava por uma audiência de custódia.
A família da vítima e do policial aposentado contaram que os
dois eram casados há 20 anos e tinham uma filha de 12. A adolescente estava em
casa no momento do crime.
Na Rua Luislândia, onde o crime aconteceu, os vizinhos
ficaram assustados. "Foi um choque, porque ninguém aqui no bairro
esperava", disse o Antônio de Pádua, vizinho da vítima e do ex-sargento
preso.
Crime ocorreu após a ceia, segundo perito
De acordo com o perito Fernando Benevides, que esteve no
local do crime, o feminicídio aconteceu depois da ceia natalina, no quarto do
casal.
“Eles estavam separados, reataram o relacionamento e ele
infelizmente cometeu essa tragédia. O DHPP foi acionado, chegou ao local e ele
não reagiu, entregou a sua arma. Foram dois disparos, um no tórax e outro na
face. Um a uma curta distância e outro à queima-roupa”, disse.
Outros membros da família do sargento reformado moram no
térreo da casa e haviam celebrado o Natal junto com o casal. Os familiares
ouviram os disparos depois que os dois subiram para o quarto, mas não
conseguiram socorrer a vítima, de acordo com o perito.
“A família dele ouviu tudo, mas quando chegou lá não tinha
mais como socorrer por conta da gravidade. Todo mundo ouviu, mas não teve como
socorrer. Foram tiros fatais. No local do crime tinha bastante sangue e algum
desalinho, indicando que houve uma discussão, mas não luta”, contou Benevides.
Do Estação Notícias / G1