Neste retorno às atividades, costureiras e produtos se
encontram escassos em Santa Cruz do Capibaribe
Com a retomada das atividades econômicas no Estado, após o
período de maior isolamento social devido à pandemia do novo coronavírus, Santa
Cruz do Capibaribe, no Agreste pernambucano, vem tentando intensificar, através
de seu setor industrial, as produções de confecções e artigos têxtis, que são
demandados por todo o país.
E nem era para ser diferente, afinal, a cidade é considerada
no mercado nacional como uma das maiores produtoras da linha têxtil
do país. Entretanto, atualmente, a Terra da Sulanca, como também é
conhecida Santa Cruz, vem tendo de enfrentar uma dificuldade, até então
inesperada, para um município de grande representatividade neste tipo de
segmento: a escassez de costureiras.
De acordo com a empresária Maria Marikinha, após o retorno
gradativo das atividades econômicas, o empresariado da confecção passou
a penar para conseguir mão de obra especializada.
“A demanda tem sido muito grande em relação às costureiras,
as empresas vêm procurando bastante este tipo de mão de obra, porém não tem
obtido sucesso. Estamos tendo de procurar profissionais de outros municípios da
região para conseguirmos dar conta da produção”.
Para o síndico do Moda Center Santa Cruz, José
Gomes Filho, essa queda no quantitativo de profissionais de costura se deve a
um fator importante. “Conheço bastante costureiras, que aproveitaram este
período de pandemia, para colocar o seu próprio negócio”.
Baixos estoques
Neste retorno às atividades, a escassez não tem se referido
apenas ao trabalho de profissionais de costura. Devido às quedas
constantes nos volumes de estoques de tecidos e aviamentos,
confeccionistas de Santa Cruz têm se movimentado bastante para conseguir obter
mercadorias. Costureiras e produtos estão em falta na Terra da
Sulanca. Alguns vídeos que circularam pelas redes sociais durante esta
semana, mostraram a “disputa acirrada” pela compra dos produtos.
Do Estação Notícias / NE10 Interior