segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Operação desarticula possível esquema de compra de votos em Jataúba

Cinco pessoas foram detidas no sábado, entre elas o marido da candidata a prefeita Dra. Cátia

Uma operação desencadeada a partir de investigações do Ministério Público Eleitoral cominou com a apreensão de cinco pessoas acusadas de compra de votos, na zona rural de Jataúba. Entre os envolvidos, está o empresário conhecido por Boy, marido da candidata a prefeita, Dra. Cátia Ribeiro (Republicanos). Um policial militar, que estava entre os envolvidos, também foi detido. 

O fato ocorreu na madrugada do último sábado (14) e a apuração perdurou durante todo o dia na delegacia da Polícia Civil de Santa Cruz do Capibaribe, para onde os envolvidos foram conduzidos. O Blog do Ney Lima obteve detalhes sobre o que foi apurado pelas polícias Federal e Civil. 

As diligências tiveram início a partir de solicitações do promotor de justiça Antônio Rolemberg, a partir de informações de que estaria havendo compra de votos nas zonas rurais das cidades de Brejo da Madre de Deus e Jataúba. O promotor solicitou apoio das polícias Federal e Militar, que conseguiram interceptar o grupo. 

Foram apreendidos materiais de campanha da candidata Dra. Cátia, maços de dinheiro e anotações de possíveis registros de doações, como sacos de cimento, dinheiro, entre outros itens, que poderiam configurar como doações para supostas compras de votos. 

Após a realização dos procedimentos da polícia, o delegado da Polícia Civil, Dr. Ênio Maia, concedeu entrevista à equipe do Santa Cruz Online. Ele confirmou que os envolvidos foram autuados pelo crime previsto no artigo 299 do Código Eleitoral. Os acusados foram liberados durante a tarde do sábado (14), após pagamentos de fiança, que somaram R$ 190 mil. Os celulares dos acusados foram apreendidos para perícia. 

Acusados negam crime e dizem que dinheiro era para apostas 

Durante as oitivas na delegacia de Santa Cruz do Capibaribe, os acusados pelo crime de compra de votos negaram as denúncias e sustentaram que o dinheiro apreendido seria destinado a apostas políticas. No entanto, o delegado compreendeu que o procedimento apurado pelas polícias configurou o contrário.

O procedimento produzido pela Polícia Civil foi encaminhado para a Polícia Federal, órgão competente para prosseguir com as investigações e encaminhamentos judiciais pertinentes aos crimes eleitorais. 

Do Estação Notícias / Ney Lima