Pelo menos um dos pacotes de sementes misteriosas não
solicitados vindos de quatro países asiáticos pelos Correios foi
identificado em Pernambuco. A informação foi dada pela Secretaria de Defesa
Agropecuária, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em
coletiva de imprensa, na terça-feira (6).
Apenas dois estados do Brasil (Maranhão e Amazonas) ainda não têm ocorrências
do tipo. Ao todo, 258 amostras já foram recolhidas pelo Mapa. Análises
preliminares indicam que foram encontrados fungos, bactérias e ainda há a
possibilidade de pragas quarentenárias - plantas daninhas ou aquelas que não
existem no Brasil - nos pacotes.
As análises laboratoriais das amostras identificaram ácaro
vivo em uma amostra e três fungos diferentes em outras 25, além de bactérias em
duas e as pragas quarentenárias em quatro. A verificação da composição das
sementes é feita pelo Laboratório de Defesa de Agropecuária, em Goiás,
considerado referência no País.
Medidas estão sendo tomadas para impedir a introdução de novas pragas no
Brasil, ressalta o Mapa. “O cidadão que receber esse material pode
entregar para o órgão de agricultura que ele não vai ser de forma alguma
penalizado. Ele está fazendo uma colaboração da proteção da agropecuária do
Brasil e também evitando o contato com um material que possa ter um risco até
para a saúde”, destacou o secretário, na coletiva.
Quem receber as sementes não deve abrir a encomenda e nem plantar, segundo a
Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco (Adagro)
em comunicado encaminhado à população pernambucana. A agência ressalta que o
material deve ser preservado e não deve circular no ambiente, por causa do
risco de veiculação de pragas ou doenças de importância econômica que não
existem no Brasil. O Mapa deve ser acionado para recolher o material.
Todo o processo de comunicação de quem recebe as sementes é coordenado pelo
Mapa, cuja superintendência em Pernambuco é responsável pelo balanço e
encaminhamento do material para análise no laboratório de Goiás.
Fonte: Folha PE