segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Polícia mira grupo que falsificava roupas de marcas famosas em Caruaru

DIVULGAÇÃOForam apreendidas peças falsificadas de diversas marcas, como Seaway, Adidas, Cyclone, Lacoste e Quiksilver

A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou, na manhã desta segunda-feira (31), a Operação Tsunami II, no município de Caruaru, no Agreste do Estado, para a apreensão de peças de roupas falsificadas de diversas marcas, como Seaway, Adidas, Cyclone, Lacoste e Quiksilver.

Das diligências, foram apreendidas máquinas utilizadas na confecção e sublimação de roupas avaliadas em, aproximadamente, R$ 230 mil; 10 mil folhas de sublimação; cerca de 30 mil etiquetas das marcas citadas acima; um revolver calibre 38, contendo munições; além de R$ 145.103,00 em folhas de cheques.

A delegada Thais Galba afirmou, em coletiva nesta segunda-feira, que as buscas se deram em Caruaru depois que a primeira fase da operação, no início de agosto, apreendeu mais de dez mil peças, orçadas em 200 mil reais, que estavam sendo comercializadas no centro do Recife, no camelódromo, bairro de São José.

"As investigações continuaram, pois somente tirando as peças do mercado, eles poderiam reabastecer. Então, encontramos um dos locais de confecção e o ateliê de sublimação em Caruaru. Essa roupa é feita com o recorte do tecido branco, principalmente as bermudas, pois o número de bermudas foi esmagador, daí colocam na máquina com um tecido de estampa e volta para a confecção, onde se coloca zíper, etiqueta, velcro. Isso é embalado e posto a venda aqui no Recife", afirmou.

Segundo a delegada, a peças originais custam em torno de R$ 170 a R$ 200, mas as falsificadas estavam sendo anunciadas a R$ 25. "É uma desproporção absurda, o tecido é muito inferior, muito simples", disse.

Segundo a polícia, foram autuadas em flagrante três pessoas por concorrência desleal, falsificação, crimes contra o consumidor e crimes contra as relações de consumo. Ainda de acordo com Thais Galba, a população deve ficar em alerta a esse tipo de peça para não cometer crime. "Se ninguém comprasse esse tipo de produto falsificado, quem vende não teria comércio. Comprar também é crime, pela desproporção no valor, não tem como o consumidor dizer que não sabe que está comprando roupa falsa e pode ser responsabilizado por recepção culposa", concluiu.

Do Estação Notícias / JC Online