Eles
são investigados por improbidade administrativa, com declaração de
indisponibilidade de bens, por não repassarem recursos financeiros ao
CaruaruPrev
Foi
ajuizada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) uma ação civil pública
contra o ex-prefeito de Caruaru, José Queiroz e a ex-secretária de Saúde do
município, Maria Aparecida de Souza. Eles são investigados por improbidade
administrativa, com declaração de indisponibilidade de bens, por não repassarem
recursos financeiros ao CaruaruPrev na época em que faziam parte do poder
executivo municipal.
A
ação que visa apurar a denúncia feita pelo Ministério Público de Contas, foi
feita ainda em 2017, que na época gerou o pagamento de multas e juros, além da
perda patrimonial decorrente da falta de aplicação dos recursos, causando assim
dano ao erário.
Recentemente,
uma auditoria feita pela contabilidade do MPPE foi constatada que na verdade o
dano ao erário teria sido ainda maior. Segundo o Ministério, “os valores
retidos e não repassados foram maiores do que os informados nas prestações de
contas na época pelos gestores”.
O
MPPE afirma ainda que os débitos foram parcelados em 2018, na atual gestão, e
para o Ministério, “ficou claro a divergência de informações dos gestores à
época”. De acordo com o MPPE o valor não repassado ao CaruaruPrev em 2014,
totalizou mais de R$ 11 milhões.
A
ação ainda destaca que desse valor, “extrai-se que José Queiroz de Lima deixou
de recolher, enquanto prefeito de Caruaru, ao regime próprio de previdência o
valor de R$ 8.500.391,92, enquanto a gestora do Fundo Municipal de Seguridade
deixou de recolher na verdade R$ 2.636.946,30”.
O outro lado
A
nossa reportagem procurou a assessoria do ex-prefeito e atual deputado estadual
José Queiroz que afirmou receber com surpresa a notícia do Ministério Público.
De acordo com a nota enviada, o deputado diz que oficialmente, não recebeu a
notificação e irá apresentar os documentos para provar a lisura da gestão da
prefeitura e do CaruaruPrev.
Também
procuramos a ex-secretária de Saúde, Maria Aparecida de Souza, que afirmou que
prefere se apropriar melhor sobre assunto antes de se pronunciar.