Em
nota, a direção do Hospital Regional do Agreste lamentou o ocorrido e informa
que a situação está sendo apurada
O Hospital Regional do Agreste (HRA), em Caruaru, sepultou
a idosa Angelita Petronila dos Santos, de 96 anos, na cova de uma outra pessoa
e em menos de duas horas após a morte. Segundo familiares, ela faleceu por
infecção urinária e não Covid-19.
A família da idosa só tomou conhecimento da troca do corpo
quando o neto Ricardo Mota foi comunicado da morte e se dirigiu ao
hospital para providenciar o sepultamento. Chegando lá, ao perguntar pelo
destino da avó, um servidor apontou para um corpo encoberto em meio a
tantos outros no IML. Quando levantou a proteção do rosto, não era sua
avó.
Dona Angelita já havia sido sepultada sem a família se
despedir dela e nem ao menos dar autorização com nome de outra vítima da
Covid-19. Ela estava internada desde a quarta-feira (24) com infecção urinária.
O nego da idosa afirmou que ela não morreu de Covid, como está atestado no
óbito, mas o comunicado da direção da unidade de saúde afirma que sim.
Dona Angelita foi sepultada por engano, no Cemitério Dom
Bosco, na cova de outra paciente, que faleceu no dia anterior. A família a quem
pertence esta sepultura alega que só vai permitir a abertura para desenterrar o
corpo mediante decisão judicial. Diante da situação, o neto registrou um
boletim de ocorrência e dona Angelita seja enterrada no povoado de Malhada de
Pedra, onde morava.
Em nota, a direção do Hospital Regional do Agreste lamentou
o ocorrido e informa que a situação está sendo apurada a partir de uma
sindicância. Uma comissão foi formada com o objetivo de detectar as falhas,
apontar os culpados e evitar que fatos como esse voltem a acontecer.
Do Estação Notícias / Central de Jornalismo
Liberdade