As estatísticas
recentes de saúde revelam que as Infecções Sexualmente Transmissíveis, as ISTs,
são um desafio para o estado de Pernambuco
As
estatísticas recentes de saúde revelam que as Infecções Sexualmente
Transmissíveis, as ISTs, são um desafio para o estado de Pernambuco. De acordo
com os Indicadores e Dados Básicos do Ministério da Saúde, nos últimos 10 anos,
foram registrados mais de 20 mil casos de HIV em Pernambuco. Só nos primeiros 6
meses do ano passado já foram notificados 804 novos casos da infecção.
No
caso da sífilis, em 10 anos, os indicadores mostram 19.574 casos do tipo
“adquirido” – aquele transmitido durante o sexo. O pior ano foi 2018, com 7.556
casos registrados da doença, enquanto em 2017, foram 3.205 registros. Até junho
de 2019, já foram notificados 3.418 casos. Em geral, os dados do Ministério da
Saúde mostram que os homens são mais afetados que as mulheres.
As
ISTs são transmitidas principalmente por meio de relações sexuais sem uso do
preservativo. Elas estão entre as infecções contagiosas mais comuns e afetam
diretamente a vida das pessoas. Isso porque podem causar complicações na
gravidez, no parto, morte fetal, agravar a saúde das crianças e facilita a
transmissão sexual do vírus HIV.
Angélica
Espinosa, coordenadora geral de Vigilância das Infecções Sexualmente
Transmissíveis do Ministério da Saúde, reforça o quão importante é o uso do
preservativo e da busca por ajuda em caso de suspeita de ISTs.
“A
importância é de você ter conhecimento do que são essas infecções e usar o
preservativo para evitar qualquer uma delas. Mas, uma vez que tem alguma IST,
você deve procurar o serviço de saúde para receber o atendimento de orientação,
de aconselhamento. Fazer o diagnóstico se tem desconfiança, receber uma
orientação do médico, enfermeiro, em relação a essas doenças e, se for feito o
diagnóstico, fazer o tratamento. Isso é importante porque você corta a cadeia
de transmissão”.
Evanize
de Vasconcelos, 56 anos, moradora de Jaboatão dos Guararapes, descobriu o HIV
em 2002. Ela conta que os sintomas iniciais se pareciam com virose e demorou
para descobrir que tinha a doença. Foi um ano para receber o diagnóstico
correto. Desde então, ela realiza o tratamento no SAE do Hospital das Clínicas
da própria cidade. Hoje, ela alerta as pessoas para a importância da prevenção.
“As
pessoas precisam se conscientizar e usar o preservativo é o melhor método de
não pegar uma DST, HIV, é usando preservativo”.
Sem
camisinha, você assume o risco. Use camisinha e proteja-se de ISTs como HIV,
sífilis e hepatites. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/ist.
Do
Estação Notícias / Agência do Rádio