O brejense Maninho (camisa amarela) e Leandro foram acusados de tentativa de
homicídio ao empurrar empresário. Defesa da dupla diz que irá recorrer.
A Justiça decretou a prisão preventiva do ex-vereador de
Diadema Manoel Eduardo Marinho (PT), conhecido como Maninho, e do filho dele,
Leandro, pela agressão a um empresário em frente ao Instituto Lula, na Zona Sul
de São Paulo, em 5 de abril. A defesa da dupla diz que irá recorrer.
Em sua decisão, a juíza Débora Faitarone, da 1ª Vara do
Júri, disse que “os réus contaram com a impunidade, que não veio e não virá”.
“Eles não podem permanecer em liberdade após a prática de um crime doloso
contra a vida, praticado de maneira tão covarde”, afirmou.
A vítima, o empresário Carlos Alberto Bettoni, de 56 anos,
foi agredida por três apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no
dia em que foi expedido o mandado de prisão contra o líder petista.
Homem
fica ferido após empurrado contra caminhão em frente ao Instituto Lula
Procurada, a advogada Patrícia Cavalcanti, que defende
Maninho e o filho dele, disse que irá recorrer da decisão. “Esta decisão foi
uma surpresa, até porque esta decisão não corresponde com a realidade dos
fatos. O próprio laudo pericial acostado nos autos demonstra a real verdade dos
fatos, logo está decisão está fora do contexto da situação”, disse.
Questionada sobre a possibilidade de seus clientes se
entregarem à polícia, afirmou: “Esta decisão acabou de sair, então nós,
enquanto defesa, iremos nos reunir para verificar todas as situações”.
A juíza afirma na decisão que a prisão foi decretada “para
garantir a ordem pública e assegurar a aplicação da lei penal, e considerando
ainda a gravidade do crime, que inclusive é hediondo". Com a aceitação da
denúncia, os acusados deverão ser julgados por um júri popular.
Agressão
O empresário foi empurrado, bateu a cabeça em um veículo
que passava pela rua e desmaiou (assista acima). Ao recobrar consciência, foi
levado a pé ao Hospital São Camilo, que fica na mesma via. Ele sofreu
traumatismo craniano, precisou ser operado e ficou 22 dias internado.
A prisão foi decretada dois dias depois de o Ministério
Público denunciar a dupla por tentativa de homicídio duplamente
qualificado (por motivo torpe e meio cruel).
Nesta sexta, a juíza aceitou a denúncia e concordou com o
promotor do caso, Felipe Eduardo Levit Zilberman, e arquivou a participação no
caso do presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, Paulo
Cayres, o Paulão.
Paulão chegou a ser indiciado pela Polícia Civil por lesão
corporal dolosa (intencional). Ele aparece no vídeo agredindo o empresário.
Para o promotor Zilberman, a agressão praticada por Cayres resumiu-se a um
chute quando a vítima ainda estava na calçada, “não mais praticando qualquer
ato violento na sequência”.
Do Estação Notícias / G1