Deputado Pastor Eurico, que fez a denúncia, acredita que
esse tipo de ação se multiplicará
A associação promovida pela campanha de Fernando Haddad da imagem de Jair Bolsonaro com as igrejas evangélicas gerou um clima de “guerra religiosa” durante o segundo turno das eleições.
Na reta final da corrida presidencial, templos da Igreja
Universal do Reino de Deus (IURD) foram vandalizados com mensagens
políticas. Os militantes de esquerda “culpavam” a igreja pelo apoio dado pelo
seu líder, Edir Macedo, ao candidato do PSL.
No início do mês o comando da campanha do Partido dos
Trabalhadores responsabilizou o eleitorado evangélico pelo crescimento da
candidatura de Bolsonaro. De acordo com as pesquisas, o capitão reformado
tinha apoio de sete em cada dez pessoas nesse segmento.
A eleição acabou neste domingo, mas na manhã de hoje (29),
a Assembleia de Deus de Bonança, interior de Pernambuco, foi pichada com spray
vermelho. Além de ofensas ao presidente eleito, lia-se palavras de ordem como
“Lula Livre”, “PT” e “LGBT”.
A denúncia foi feita pelo deputado federal Pastor Eurico
(Patriota), ligado às Assembleia de Deus de Pernambuco. Um dos mais votados no
estado, tem um histórico de confrontos com grupos de esquerda no Congresso.
“Veja aí a prova que o PT quer esculhambação com o
presidente Bolsonaro”, afirmou, enquanto mostrava a frente da igreja no vídeo
gravado por ele. “Lamentamos o que estão fazendo. Esta é a prova que a
intolerância está exatamente com este povo da esquerda”, desabafou.
Disse ainda acreditar que esse tipo de situação poderá se
multiplicar, por isso pediu “providências ao governo”. Encerrou com uma
reflexão. “Por enquanto estão agindo contra patrimônios, imagina se tentarem
agir contra as pessoas?”.
Assista!