As listas
com os nomes dos demitidos foram afixadas na parede da prefeitura
Mais de 1.000 servidores municipais foram exonerados em Brejo da Madre
de Deus, no Agreste pernambucano, nesta quinta-feira (28). O prefeito José
Edson de Souza (PTB) afirma que a medida se deve à adequação à Lei de
Responsabilidade Fiscal, que indica o comprometimento de 52% para contratações
e profissionais efetivos. "A folha extrapolou, está com 64% por conta dos
contratados, enquanto nós temos um concurso vigente no município", disse o
gestor ao ABTV 2ª Edição.
Os trabalhadores protestaram contra o decreto. "Minha preocupação é
que eu não tenho como manter minha casa, não tenho como pagar uma água,
energia, bujão. Somos todos pobres", lamenta Maria da Glória Farias.
De acordo o servidor Laudemir José Marinho, que atuava na Secretaria de
Assistência Social, na lista de exonerados - afixada em departamentos públicos
- a prefeitura já alegava que o motivo seria a diminuição dos custos da folha
de pagamento.
No entanto, a servidora Kelly Pedrosa argumentou que esses desligamentos
de servidores não poderiam ter ocorrido. "Estas pessoas só poderiam ser
'demitidas' em dezembro ou se houvesse um concurso. E eles já estão contratando
outras pessoas", afirmou.
O G1 tentou contato com a assessoria de comunicação da prefeitura para
obter uma resposta, mas as ligações não foram atendidas.
Servidores foram pegos de surpresa com as demissões