"Um dia, quando os meus filhos forem crescidos o
suficiente para entender a lógica que motiva pais e mães, eu hei de dizer-lhes:
- Eu os amei o suficiente para ter-lhes perguntado aonde vão, com quem vão, e a
que horas regressarão.
- Eu os amei o suficiente para não ter ficado em
silêncio, e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa
companhia.
- Eu os amei o suficiente para fazê-los pagar os doces
que tiraram do supermercado, ou revistas, do jornaleiro, e fazê-los dizer ao
dono: "Nós tiramos isto ontem, e queríamos pagar".
- Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé, junto de
vocês, duas horas, enquanto limpavam o quarto, tarefa que eu teria feito em 15
minutos.
- Eu os amei o suficiente para deixá-los ver, além do
amor que eu sentia por vocês, o meu desapontamento e também as lágrimas nos
meus olhos.
- Eu os amei o suficiente para deixá-los assumir a
responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que
me partiam o coração.
- Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para lhes
dizer NÃO, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em alguns
momentos até me odiaram).
Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.
Estou contente, venci... Porque, no final, vocês venceram
também! E qualquer dia, quando os meus netos forem crescidos o suficiente para
entender a lógica que motiva pais e mães; quando eles perguntarem se os seus
pais eram maus, os meus filhos vão lhes dizer: