O Partido Socialista Brasileiro (PSB)
anunciou nesta segunda-feira (14), em Brasília, a pré-candidatura do
ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos e da ex-senadora Marina Silva para
concorrer à Presidência da República nas eleições de outubro. Presidente
nacional do PSB, Campos vai encabeçar a chapa, que terá Marina como vice.
A formalização da chapa socialista, com
a homologação das indicações, deve ocorrer somente em junho, durante a
Convenção Nacional do PSB. O anúncio da chapa nesta segunda foi feito pelo
primeiro-secretário nacional do PSB, Carlos Siqueira.
"As lideranças e os militantes do
partido delegaram aos líderes do PSB, Eduardo Campos, e da Rede, Marina Silva,
a tarefa de representá-los nesse processo eleitoral como pré-candidatos à
Presidência da República [...]. A campanha da chapa se confirmará pela
convenção de junho seguirá os seguintes princípios [definidos pelo
partido]", disse Siqueira.
O anúncio de que Eduardo Campos vai concorrer à Presidência tendo Marina como candidata a vice não impede que a chapa seja invertida em até 20 dias antes do dia das eleições, 5 de outubro, conforme calendário do Tribunal Superior Eleitoral.
O anúncio de que Eduardo Campos vai concorrer à Presidência tendo Marina como candidata a vice não impede que a chapa seja invertida em até 20 dias antes do dia das eleições, 5 de outubro, conforme calendário do Tribunal Superior Eleitoral.
O anúncio oficial da chapa Marina
Silva-Eduardo Campos era esperado desde que a ex-senadora se filiou ao PSB, em
outubro de 2013. A filiação ocorreu após a Rede Sustentabilidade, partido que
Marina tentou fundar, ter o seu registro rejeitado pelo Tribunal Superior
Eleitoral. A Corte considerou não haver comprovação do número mínimo de
assinaturas previsto em lei para a fundação de partidos.
Antes de se filiar ao PSB, Marina
chegou a receber convites de partidos como PPS e PEN, onde poderia ser lançada
como candidata à Presidência da República. No evento que confirmou a filiação
de Marina ao PSB, a ex-senadora afirmou que apoiava a candidatura de Campos à
Presidência, mas não confirmou se seria vice em uma chapa encabeçada por ele.
Na última pesquisa Datafolha, divulgada
em 5 de abril, Eduardo Campos aparecia com 10% das intenções de voto para
presidente. Em nenhum dos cenários propostos pela pesquisa o pré-candidato
alcança o segundo lugar na disputa com a presidente Dilma Rousseff, que tem
mantido a liderança nas pesquisas.
Marina Silva, no entanto, de acordo com
a pesquisa, poderia levar a disputa presidencial para o segundo turno, caso
fosse lançada para presidente, em um cenário que exclui da disputa os partidos
menores. Neste caso, Marina aparece com 27% das intenções de voto, Dilma com
39% e Aécio, pré-candidato do PSDB, com 16%.
Eduardo Campos, que cumpria mandato
como governador de Pernambuco, assinou carta de renúncia no último dia 3 para
disputar nas eleições presidenciais de 2014. Em seu lugar, aasumiu o então
vice-governador, João Lyra Neto. O último dia 4 foi a data limite estabelecida
pela Lei Eleitoral para aqueles que se candidatarão a mandato eletivo se
desincompatibilizarem de suas funções administrativas.
Alianças regionais
O evento teve a participação de lideranças do PSB e também de outros partidos que podem formar aliança com os socialistas nas eleições. O líder do PSB na Câmara, deputado Beto Albuquerque (RS), afirmou a jornalistas que há que 16 unidades da federação onde o PSB e os militantes da Rede Sustentabilidade formaram consenso sobre as candidaturas para governador.
"Estamos fazendo todo o esforço
para estarmos juntos com a Rede e partidos como o PPS, que já nos apoia, no
maior número possível de estados. Onde não houver, não haverá trauma. Estamos
praticamente certos de união em 16 estados, e temos até junho para resolver nos
demais. Estamos conversando, mas a única coisa da qual não abrimos mão é do
palanque para o Eduardo em todos os estados", disse Albuquerque.
Do G1 Foto: O Globo