Depois das coletivas de imprensa da Polícia Civil e outra
com os próprios vereadores investigados na Operação Ponto Final em Caruaru, na
tarde dessa sexta (27), a Secretaria de Defesa Social liberou para a imprensa a
apresentação com dados do Inquérito Investigativo, que apura um possível
esquema de concussão – quando pessoas tentam obter vantagens devido à função
que exercem – para votar projetos na Câmara Municipal, envolvendo 10
parlamentares. A Polícia Civil também aponta que eles estariam envolvidos em
corrupção passiva e integrariam uma organização criminosa.
Foram cumpridos 10 mandados de prisão preventiva, 13
mandados de busca e apreensão, 37 depoimentos e 756 horas de interceptarão
telefônica, além de captação de áudio e vídeo. São Mais de 500 páginas de
inquérito policial. Os vereadores investigados são: Sivaldo Oliveira (PP),
Cecílio Pedro (PTB), Val das Rendeiras (PROS) e Pastor Jadiel (PROS) e seis da
oposição – Val (DEM), Louro do Juá (SDD), Eduardo Cantarelli (SDD), Jajá (PPS),
Neto (PMN) e Evandro Silva (PMDB).
Cada vereador poderia pegar até 56 anos de prisão,
indiciados duas vezes por concussão, duas vezes por corrupção passiva, e por
integrarem organização criminosa. A exceção ficaria para Sivaldo e Cecílio, que
pegariam 28 anos cada um, por serem indiciados uma vez por concussão e uma vez
por corrupção passiva. O caso de Jadiel também é particular, já que ele
cooperou com a polícia durante a prisão preventiva, mas também será investigado
sobre as circunstâncias do empréstimo de R$ 30 mil. Eles são investigados por
tentar obter vantagens em razão de suas funções, na votação de projetos,
principalmente o que prevê a criação do sistema Bus Rapid Transport (BRT).
Confira a ficha de cada vereador: