quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Suposta prática de pirâmide financeira faz Comprove Motos ser interditada pela Justiça




Dezenas de pessoas se aglomeravam na frente a Comprove Motos na busca de respostas
Na manhã desta quarta-feira (16), a empresa Comprove Motos, situada na Avenida 29 de Dezembro, foi interditada pelo Ministério Público de Santa Cruz do Capibaribe.

Dezenas de pessoas, que adquiriram consórcios para compra de veículos através da empresa, foram pegas de surpresa com a interdição, muitas delas inclusive já tendo seus bens quitados e que ainda não receberam há mais de 120 dias.

Muitos dos valores mencionados pelos consórcios adquiridos por muitos consumidores consultados pelo blog, e que não receberam seus bens, variavam de R$ 7 mil a até R$ 40 mil. Além disso, alguns deles nos relataram que procuraram o Procon no município e, segundo eles, consta que a empresa entrou com pedido de falência.

Funcionários da empresa também ficaram no interior do estabelecimento, sem poder sair do local.

De acordo com as informações fornecidas pelo promotor de Justiça Dr. Hodir Guerra, a empresa está sendo denunciada por, supostamente, promover a prática de crime financeiro, na modalidade pirâmide, contra consumidores, maioria deles de Santa Cruz do Capibaribe.
Dr. Hodir relatou que o Ministério Público tomou conhecimento do caso no fim do mês de setembro.

“A partir do momento em que as pessoas procuraram o Ministério Público informando que estavam sendo lesadas, porque não estavam recebendo os bens que tinham adquirido através dessa empresa, analisamos as documentações e vimos que havia uma prática abusiva que acabava atingindo os consumidores da cidade”, enfatizou, completando que ajuizou a ação 15 dias depois do conhecimento do caso.

O promotor enfatizou sua pretensão em apurar o patrimônio dos sócios da empresa, que são dos estados do Maranhão e da Paraíba, e também ter o conhecimento sobre quantas pessoas foram lesadas, além dos valores dos prejuízos, em Santa Cruz do Capibaribe para constituir uma ação civil pública para tentar ressarcir os prejuízos.

Dr. Hodir enfatizou o que os consumidores, que se sentirem lesados, podem fazer para ajudar o Ministério Público a levantar tais dados.

“Fizemos um formulário bem organizado e a pessoa que figura no contrato vem até aqui (no Mistério Público), traz cópias do RG e do CPF, comprovante de residência e cópia do contrato, preenche aqui o formulário e vamos juntar toda essa documentação para, efetivamente, instruir a ação civil pública”, destacou.

O promotor afirmou também que já fez pedidos para o Poder Judiciário para que os bens da empresa sejam bloqueados.


Alguns dos consumidores que relataram os prejuízos obtidos com a empresa



Funcionários ficaram no interior da empresa, sem poder sair 


No interior, vários documentos e computadores foram apreendidos
Policiais Militares, além de equipes do Gati e Rocam fizeram o isolamento das entradas e saídas da empresa

Do Blog do Ney Lima Fotos: Thonny Hill e Eliton Araújo