quarta-feira, 28 de março de 2012

Nova Jerusalém ganha espaço cultural Diva e Plínio Pacheco

Nas ruas largas e sem calçamento da vila de Fazenda Nova o comerciante Epaminondas Mendonça começou a escrever a história da Paixão de Cristo, no Agreste Pernambuco. Era 1951 quando a encenação teve início durante a Semana Santa.

Era uma maneira de atrair hóspedes ao hotel da família Mendonça e aquecer o comércio local, que logo se encantaram com o espetáculo que mostrava a vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo. O modesto projeto contava com uma forte aliada: Sebastiana, esposa de Epaminondas, de veia artística cultural e teatral que cuidava da direção do espetáculo. De maneira simples, porém criativa, as apresentações contavam ainda com a participação de familiares, na maioria mulheres, e amigos que juntos contracenavam nas ruas utilizando-se do cenário local.

No ano de 1956, Plínio Pacheco chega à Fazenda Nova e encanta-se pela atriz Diva Pacheco, filha de Epaminondas. Doze anos depois, em 26 de março de 1968, a Paixão era encenada pela primeira vez no maior Teatro ao Ar Livre do Mundo, graças ao idealizador Plínio Pacheco.

45 anos já se passaram e o mega espetáculo bate recorde de público a cada ano. Parte desta bela história será conhecida a partir de hoje, no Espaço Cultural Diva e Plínio Pacheco, com inauguração marcada para as 20h30, nas dependências da Pousada da Paixão.

“O espaço que abrigava o acervo de Plínio agora vai dividir o seu ambiente com o acervo da grande dama do teatro pernambucano, Diva Pacheco. Está sendo um grande desafio para mim conciliar essa nova linguagem, no intuito de recuperar peças e fotografias e mobiliário para criar uma harmonia, com uma apresentação diferenciada”, ressaltou o historiador e consultor cultural , Walmiré Dimeron.

Da Central de Jornalismo Rádio Liberdade