Em reunião do Comitê Estadual de Enfrentamento à Covid-19,
na tarde desta sexta-feira (28.05), o secretário estadual de Saúde, André
Longo, voltou a informar que não há, em Pernambuco, risco de desabastecimento
de oxigênio hospitalar, nem comprometimento na produção do insumo.
O gestor estadual lembrou que a principal fornecedora do gás
do Brasil, que mantém contrato de abastecimento para a rede estadual de saúde,
conta com planta industrial no Estado, responsável, inclusive, pelo
fornecimento de oxigênio para outros Estados da Região Nordeste. Longo também
disse que o relato de falta do insumo em cidades do Agreste, como Lajedo e João
Alfredo, foi motivado por problemas na logística dos fornecedores de gases dos
municípios.
“Eu gostaria de deixar bem claro que não há falta de
oxigênio nas 66 unidades de saúde do Governo de Pernambuco, tampouco nas
unidades de referência para atendimento dos casos de Covid na rede estadual. O
abastecimento desse e de outros insumos para os hospitais estaduais está
assegurado pela empresa fornecedora de gases hospitalares para o nosso sistema
de saúde. Temos registrados, sim, casos de municípios que, em suas unidades
próprias, estão tendo dificuldade em repor seus estoques. Muitos desses
municípios possuem contratos com empresas de pequeno porte que não estão
conseguindo atender o aumento da demanda”, afirmou.
Diante das informações e solicitações dos municípios,
motivado também pela aceleração da doença no Agreste do Estado, que tem
provocado a saturação da rede hospitalar da Região, o Governo de Pernambuco
começou a enviar 149 concentradores de oxigênio para cidades pernambucanas com
o objetivo de auxiliar os gestores municipais na qualificação da assistência à
Covid-19. Além disso, a Secretaria de Saúde de Pernambuco está em contato
permanente com os gestores municipais, esmiuçando a situação e procurando
soluções.
“Estamos fazendo um levantamento detalhado da situação de
cada cidade e já iniciamos o auxílio dos casos mais graves. Distribuímos
concentradores de oxigênio para 44 prefeituras do interior, solicitamos ao
Ministério da Saúde mais 500 desses equipamentos, além de 1 mil cilindros de
oxigênio, e estamos encontrando formas de ampliar nossos contratos para atender
aos pedidos que têm chegado”, destacou Longo.
O secretário também informou que a Central de Regulação
Hospitalar vem atuando para fazer o encaminhamento de pacientes de unidades
municipais de menor porte, que relatam dificuldade de abastecimento, para
serviços de referência da rede estadual, garantindo que nenhum pernambucano
fique sem assistência.
Do Estação Notícias / Diario de Pernambuco