quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Lei que regulamenta vaquejada divide opiniões entre criadores de cavalos e defensores dos animais em Pernambuco.

Associação Brasileira de Vaquejada diz que lei garante bem-estar dos animais. Federação das Associações Organizadas da Sociedade Protetora dos Animais de PE critica regulamentação.

Criadores de cavalos e defensores de animais em Pernambuco repercutiram, nesta quarta-feira (18), a sanção da lei que regulamenta as práticas de vaquejada, rodeio e laço no Brasil. A sanção feita pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) ocorreu na terça-feira (17) e dividiu opiniões.

O texto que define regras para a prática da vaquejada foi finalizado e aprovado pela Câmara em agosto, depois de o texto ser aprovado pelo Senado. Na vaquejada, um boi é solto em uma pista e dois vaqueiros, montados em cavalos, tentam derrubar o animal pelo rabo.

A polêmica acerca da prática cultural, bastante comum nos estados da região Nordeste, se arrasta desde outubro 2016, quando o Supremo Tribunal Federal considerou inconstitucional uma lei do Ceará que regulamentava a vaquejada.

Segundo o diretor da Associação Brasileira de Vaquejada (Abvaq) em Pernambuco, Pauluca Moura, a lei serve para garantir o bem estar dos animais envolvidos nos eventos. A entidade reúne vaquejadas localizadas em cidades como Surubim, Bezerros, Gravatá, Caruaru, Garanhuns, Frei Miguelinho e Paranatama, no Agreste, e em Petrolina, no Sertão.

"As vaquejadas que não seguem o regulamento da Abvaq são consideradas clandestinas. Esse regulamento já foi aprovado pelo governo há anos e garante medidas como protetor de cauda para o boi, quantidade de areia suficiente para amortecer a queda e proíbe que o cavalo seja ferido mesmo com esporas. Ele já existia e, com a lei, precisa ser seguido", afirma.

Do Estação Notícias / G1