Agricultoras criavam a garota como se fosse filha delas. Na
escola, a vítima disse à professora que uma das mães a queimou com um isqueiro
no pescoço e no órgão sexual.
Ainda segundo a polícia, as agricultoras criavam a garota
como se fosse filha delas. Na escola, a professora observou sinais de agressão
na menina e perguntou o que tinha acontecido. Foi quando a vítima contou que
uma das mães a tinha queimado com um isqueiro.
"Elas criavam a menina desde junho de 2018. No dia 27
de fevereiro [deste ano] elas foram até o Ministério Público e fizeram um termo
de responsabilidade, no qual a mãe deixava essa criança com elas",
informou ao G1 a delegada Tatiane Macedo.
De acordo com a delegada, a mãe da vítima contou que tinha
se separado do marido e criava cinco filhos sozinha. Por não ter uma casa, a
mãe da menina foi morar na residência do casal de lésbicas. "A mãe começou
um novo relacionamento, saiu da casa do casal e foi morar com o rapaz, mas a
menina não quis ir porque tinha se afeiçoado a uma das agricultoras",
acrescentou Tatiane Macedo.
A menina apresentava queimaduras no pescoço, no ombro e no
órgão sexual, conforme informou a polícia. As suspeitas foram levadas para a
Delegacia de Polícia Civil e disseram que a garota havia se queimado sozinha.
"Fiz o teste e a criança não sabe acender o isqueiro", disse a
delegada.
A vítima passou por exames traumatológico e sexológico, que
confirmaram os crimes. As agricultoras foram autuadas em flagrante por tortura
e estupro de vulnerável. Elas foram apresentadas em audiência de custódia nesta
sexta (29) e tiveram a prisão preventiva decretada. A criança está sob os
cuidados do Conselho Tutelar de Canhotinho
Do Estação Notícias / G1